Macroeconomia

Boletim Macro Ibre Junho 2017: Aos trancos e barrancos

27 jun 2017

Ninguém imaginava que ia ser fácil sair da crise em que estamos desde 2014, o que não significa que não haja saída, ainda que nada trivial. No meio de tanta incerteza, é fundamental ater-se aos fundamentos. 

A saída da crise vai ser lenta e difícil porque a recessão dos últimos anos reflete mais que um “simples” ajuste cíclico. A crise é consequência de uma profunda deterioração dos fundamentos econômicos do país, com uma situação fiscal dificílima, uma enorme perda de competitividade industrial e empresas e famílias muito endividadas. 

Esse era o quadro antes do vazamento da delação da JBS. Mas era um quadro que, no campo das expectativas, era atenuado pelo diagnóstico correto de nossas mazelas e pelo sucesso em formar uma coalizão política disposta a enfrentá-las, ainda que de forma bastante gradual.

No Boletim Macro Ibre de Junho/2017 (clique para ler), nossos analistas avaliam de formas variadas o impacto do choque político sobre a trajetória da economia, ainda que na sua grande maioria alinhando-se aos que acreditam que este choque a desviou para pior. Outros, mais comedidos, observam que às vezes a crise parece ser maior nas páginas dos jornais do que nos preços dos ativos ou nos protestos de rua. O importante a reter é que uma situação que já era difícil não está se tornando mais fácil — em que pese o cenário externo favorável e o conforto proporcionado pelos indicadores de inflação e contas externas.

 

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