Macroeconomia

Leia os destaques de fevereiro da Revista Conjuntura Econômica

2 mar 2018

Há algum tempo, o Brasil era considerado a bola da vez com o boom da commodities, puxando o crescimento econômico para 7,5%, em 2010, no último ano do governo Lula. Passada a euforia, viramos um ponto fora da curva com a severa crise econômica e descontrole fiscal. Hoje, estamos até fora do gráfico. Essa triste realidade, agravada pelo assustador aumento da violência urbana – só em janeiro, o Rio de Janeiro teve 22 tiroteios por dia -, parece um túnel sem nenhuma luz à vista. Sair dessa sinuca de bico em que o país se enredou é algo bastante complexo. Muito tem se falado que se o país voltar a crescer, os problemas começarão a ser resolvidos. Não resta duvidas que o crescimento ajuda, mas há um enorme leque de outras questões a serem equacionadas, sem o que qualquer crescimento econômico não terá fôlego de gato.

Na edição de fevereiro, um dos focos está na necessidade de se buscar um Estado mais eficiente, como vemos na análise da entrevistada do mês, a economista Ana Carla Abrão, no artigo de Marcos Cintra, e na Carta da Conjuntura. Também destacamos os planos do BNDES de aumentar seu foco nas pequenas empresas, e como os setores tradicionais da indústria brasileira estão enfrentando seus problemas de competitividade. Claudio Conceição, editor da Conjuntura Econômica, indica os destaques da edição de fevereiro indica esse e outros destaques na Nota do Editor da Revista Conjuntura Econômica do mês. Leia nosso conteúdo aberto no Portal IBRE ou saiba como assinar:

  • Em entrevista à Conjuntura Econômica, a economista Ana Carla Abrão, ex-secretária da fazenda de Goiás, defende a necessidade de se dirimir inconsistências dentro do amplo conjunto de leis que guiam a responsabilidade fiscal no país. “Quando se tem um arcabouço diversificado, pode-se sempre se ater a uma regra e dizer que a outra é menos importante”, afirma.
  • BNDES se distancia da malfadada política das campeãs nacionais e foca sua ação nas micro e pequenas empresas. Com isso, abre uma trilha de desafios para que essa escolha se reflita na produtividade brasileira.
  • Bitcoin aquece o debate sobre como regular esse novo mercado na justa medida para prevenir riscos sem tolher o potencial das novas tecnologias que envolvem as criptomoedas. Leia Conjuntura Econômica de fevereiro.
  • A solução para a crise fiscal passa pelo controle da ânsia que se dissemina dos grandes grupos de pressão aos mais recônditos redutos da sociedade pela presença do Estado, O inevitável período de escolha dos perdedores de benesses do setor público tem que começar logo, diz Luiz Guilherme Schymura, diretor da FGV IBRE, na carta da Conjuntura de fevereiro.
  • Na coluna Ponto de Vista de fevereiro, Samuel Pessôa afirma que, para sabermos de verdade quanto tempo demoraremos para arrumar a casa fiscal, é necessário conhecer a ociosidade de recursos na economia nacional, conhecida como hiato de recursos. Quanto maior for, mais tempo o Banco central terá para iniciar um ciclo de alta de juros.
  • O aumento da participação do agronegócio nas exportações influenciou a distribuição geográfica do comércio exterior brasileiro e ressaltou a necessidade de se avaliar continuamente as políticas públicas de estímulo ás vendas externas, diz Lia Valls em seu artigo.
  • Em artigo da Conjuntura Econômica de fevereiro, José Roberto Afonso defende a necessidade de se traçar um plano estratégico para lidar com a tendência mundial de eliminação do trabalho fixo. Essa mudança, diz, implica repensar não só o sistema previdenciário e a tributação de salários, mas a construção de um novo pacto social.

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