Mesmo ocupando lugar de destaque no cenário mundial – e ter colaborado para tirar o Brasil da recessão –, o agronegócio tem grandes desafios pela frente. Para continuar conquistando mercado, esse setor não poderá negligenciar uma agenda doméstica principalmente nos campos de infraestrutura logística, tecnologia e financiamento, como foi amplamente discutido no I Seminário Desafios e Perspectivas do Agronegócio Brasileiro, promovido por Conjuntura Econômica.

Boa parte do ano passado foi ocupada pelas discussões de se fazer uma reforma da Previdência, sem o que o país caminharia para uma situação de insolvência e a atividade econômica não teria espaço para se recuperar. Entramos em 2018 estimando que essa reforma não entraria na pauta de votações, o que se confirmou com a intervenção federal no Rio de Janeiro. Deixar esse debate para 2019 comprometerá bastante o trabalho do novo presidente, como mostra a Carta da Conjuntura.

As previsões são de que o PIB cresça 2,8% e o front externo se mostra bastante favorável. Há, no entanto, algumas incertezas, que são analisadas na matéria de capa desta edição, na Carta da Conjuntura e na coluna Ponto de Vista. Entre as mais importantes estão o cenário eleitoral e o encaminhamento de um ajuste fiscal que mitigue o risco de insolvência.

Faleceu hoje no Rio o economista Regis Bonelli, importante especialista nem produtividade, um dos temas que mais ganhou corpo recentemente nos trabalhos e debates da FGV IBRE, ao qual estava ligado desde 2008. Segundo o diagnóstico da maior parte dos pesquisadores do Ibre, a retomada do crescimento da produtividade no Brasil é essencial para que o país volte a uma trajetória de crescimento sustentável em ritmo razoável e compatível com uma economia emergente.