Livio Ribeiro

Pesquisador associado do FGV/IBRE e sócio da BRCG, especializado em China, economia internacional, países emergentes e setor externo brasileiro. Além disso, é consultor em macroeconomia e em avaliação de políticas públicas, com projetos tanto no Brasil como no exterior. Mestre em economia pela PUC-Rio, possui publicações nas áreas de comércio exterior, economia internacional, finanças públicas, economia do tabaco e relações sino-brasileiras.

 

O inverno chegou: panorama do setor externo

Reduzimos a expectativa de déficit  em conta corrente para US$ 10,5bi (-0,7% do PIB) em 2020, ampliando o déficit para US$ 16,0bi (-1,2% do PIB) em 2021. Mesmo assim, o excepcional momento global levará a perdas de reservas internacionais pouco maiores que US$ 40bi em 2020. Ainda que esperemos, com elevado grau de incerteza, que exista alguma recomposição no ano que vem, esta não será suficiente para compensar as vendas de reservas acumuladas no biênio 2019-2020.

China: o que dá para enxergar até o momento

Passamos por uma crise sem precedentes. Não somente na intensidade – ainda não está claro se a queda da atividade econômica no mundo será menor ou maior do que o evento de 2008/2009 –, mas também pela natureza do fenômeno.

A crise não nasceu no setor financeiro. Ela originou-se no setor real, que em função de uma epidemia, teve que ser desligado, e atingiu o setor financeiro posteriormente.

Mudanças e ruídos no balanço de pagamentos brasileiro

Quando da divulgação dos resultados do setor externo de agosto de 2019, o Banco Central incorporou mudanças profundas que reescreveram a história recente do balanço de pagamentos brasileiro. Aprimorando a compreensão do que foram as transações entre residentes e não-residentes, descobriu-se que operávamos em um nível de déficit em conta corrente mais elevado do que o anteriormente suposto.

Até o passado é incerto

Na divulgação dos resultados do setor externo de agosto de 2019, o Banco Central incorporou mudanças que reescreveram a história recente do Balanço de Pagamentos brasileiro. Novas pesquisas e fontes de dados lançaram outras luzes na análise das transações entre residentes e não-residentes, oferecendo uma compreensão não só mais ampla como, principalmente, mais precisa de nossa situação externa.

Desce a cortina: o espetáculo argentino continua em instantes

Na seção “Em Foco” do Boletim Macro de jun/19, ressaltamos que a Argentina se manteria sob enorme pressão até (pelo menos) o fim deste ano, com forte possibilidade de políticas populistas em meio a uma campanha virulenta, pouco propositiva e que, no melhor cenário, não ajudaria a mitigar as grandes incertezas sobre o comportamento do país nos próximos anos.

Un tango más: a conjuntura econômico-eleitoral na Argentina

No dia 27 de outubro de 2019, a população argentina escolherá seus novos presidente e vice-presidente, e praticamente metade do Congresso (130 deputados e 24 senadores). Em várias províncias e na Cidade Autônoma de Buenos Aires, também serão eleitas autoridades executivas e legislativas. Eleições gerais não são eventos que costumam passar em branco, o que é particularmente verdadeiro nestes tempos tão polarizados: questões políticas, e não só as estritamente domésticas, têm contaminado a agenda econômica em todo o planeta.

China: riscos e desafios no “ano do Porco”

O ano de 2018 foi desafiador para a China: desaceleração do crescimento em meio a pressões externas, menor dinamismo interno e um sem número de medidas anticíclicas. Acreditamos que 2019 tende a ser menos intenso, ainda que possa evoluir de forma binária. No cenário central, os ventos externos se acalmam, as políticas já implementadas surtem efeito e a economia pousa suavemente. No cenário alternativo, os ventos externos pioram, o governo amplia os estímulos e consegue manter taxas de expansão relativamente elevadas, ao custo do aumento de desequilíbrios estruturais.

Páginas

Subscrever Livio Ribeiro