Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

Celso Furtado, a educação e o desenvolvimento

No centenário de nascimento do nosso mais influente economista, é oportuno investigar um tema de sua obra que tem sido pouco debatido. Trata-se do papel da escolarização fundamental de qualidade da população como um pré-requisito para o desenvolvimento econômico. O assunto já foi tratado de passagem na coluna em outras oportunidades e carece de olhar mais detido.

As políticas da política: continuação da conversa

Na minha coluna da Folha de São Paulo de domingo, 26 de julho, publiquei uma resenha crítica de “As Políticas da Política”, volume publicado em 2019 pela editora da Unesp,  organizado pelos professores Marta Arretche, Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria. O livro apresenta um balanço do resultado das políticas públicas nos governos FHC e no período petista.

Sinais de recuperação, mas evolução da pandemia no Brasil preocupa

Há dois meses o FMI divulgou seu cenário para 2020 e 2021. O Fundo trabalha com uma visão otimista de recuperação em ‘V’ das economias. As taxas trimestrais de crescimento (anualizadas) da economia global, a partir do primeiro trimestre de 2020 e até o quarto trimestre de 2021, serão de, respectivamente: -15%, -14%, 23%, 8%, 6%, 4%, 5% e 4%. O ano de 2020 fechará com recuo 3%, e 2021 terá crescimento de 6%.

Resposta a Marcelo Medeiros: como julgar a qualidade dos impostos e por que não descarto nenhum

Domingo passado (7/6), em minha coluna da Folha, escrevi o seguinte sobre o imposto sobre grandes fortunas (IGF):

Há pelo menos três problemas com o IGF. Primeiro, representa bitributação, visto que riqueza é renda acumulada e a renda já foi tributada. Segundo, tem elevadíssimo custo de processamento. Terceiro, incide sobre uma riqueza ilíquida. A pessoa teria que vender o patrimônio para pagar o imposto.

Acompanhamento da China e do mundo pós Covid-19

Como já tratamos neste espaço, em abril o FMI divulgou seu cenário da atividade econômica para 2020 e 2021. Essencialmente fomos informados de que a economia mundial recuaria 3% em 2020 e cresceria 5,8% em 2021. As projeções anteriores, antes da eclosão da fase aguda da crise da Covid-19, eram de crescimento de, respectivamente, 3,3% e 3,4% em 2020 e 2021. Houve, portanto, com relação à projeção anterior à pandemia, queda de 6,3 pontos percentuais (pp) em 2020 e crescimento de 2,4pp em 2021.

China: o que dá para enxergar até o momento

Passamos por uma crise sem precedentes. Não somente na intensidade – ainda não está claro se a queda da atividade econômica no mundo será menor ou maior do que o evento de 2008/2009 –, mas também pela natureza do fenômeno.

A crise não nasceu no setor financeiro. Ela originou-se no setor real, que em função de uma epidemia, teve que ser desligado, e atingiu o setor financeiro posteriormente.

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