Com todos os seus inegáveis méritos no equacionamento das contas públicas, a emenda constitucional 95 (EC 95), que estabelece teto para os gastos públicos do governo federal, abre uma caixa de Pandora de indagações, incertezas e riscos. Leia na Carta da Conjuntura de outubro/2017.
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O teto dos gastos e as turbulências que se aproximamLuiz Guilherme Schymurahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-teto-dos-gastos-e-turbulencias-que-se-aproximamWed, 11 Oct 2017 10:00:00 -0300node/203
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A percepção empresarial do Minha Casa Minha Vida e do PACAna Maria Castelo, Itaiguara Bezerra, João Vitor Pereirahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/percepcao-empresarial-do-minha-casa-minha-vida-e-do-pacWed, 11 Oct 2017 09:45:00 -0300node/202
No primeiro semestre do ano, o PIB da construção encolheu 6,6% em relação ao mesmo período de 2016. O desempenho fortemente negativo do setor levou à revisão para pior das projeções: o último Boletim Macro do IBRE, de setembro, projetou retração de 5,7% para 2017.
A despeito do resultado muito ruim na primeira metade do ano, há sinais de que o pior já passou. Em julho e agosto, depois de 33 meses de queda, o emprego com carteira no setor aumentou. No ano, o resultado mantém-se negativo – entre dezembro de 2016 e agosto de 2017, foram demitidos...
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Incerteza impacta investimentos privados? Uma análise empírica dos dados para o BrasilPedro Guilherme Ferreira, Raíra Marotta, Felipi Bruno Silvahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/incerteza-impacta-investimentos-privados-uma-analise-empirica-dos-dados-para-o-brasilMon, 09 Oct 2017 09:45:00 -0300node/201
Desde a crise financeira de 2007/08 temos presenciado um elevado grau de incerteza no mundo (Monthly Global Economic Policy Uncertainty Index). No Brasil, nos últimos anos, uma série de eventos como a recessão econômica, crises políticas, escândalos de corrupção, crises fiscais entre outros, fez também com que a incerteza aumentasse, como podemos observar na figura 1.
Dada a recorrência desses eventos, se faz cada vez mais pertinente entender como os aumentos de incerteza impactam a...
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O debate econômico não precisa de espantalhosManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-debate-economico-nao-precisa-de-espantalhosThu, 05 Oct 2017 10:45:00 -0300node/200
O principal trabalho de um economista é buscar a dimensão correta das questões econômicas envolvidas em um determinado problema. Uma contribuição recente dentro desse espírito foi realizada por Bráulio Borges do IBRE que fez um exercício para avaliar qual o efeito das circunstâncias externas à política econômica na recessão de 2014-16. Evidentemente, esse é um exercício complexo e sujeito a uma série controvérsias, mas ao mesmo tempo é capaz de produzir um debate valoroso para a política econômica do país.
A partir de exercícios desse tipo é...
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O impacto da NME: Tréplica (parte II)Bráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-impacto-da-nme-treplica-parte-iiWed, 04 Oct 2017 12:30:00 -0300node/199
Vou partir agora para a segunda parte de minha tréplica, focando mais na dimensão quantitativa. Afinal, não discordo de parte relevante dos argumentos mais qualitativos apontados pelo Macroeconometrista X e pelo Samuel, apenas acho que o “verdadeiro” peso disso na desaceleração é menor do que faz sugerir a narrativa predominante.
Bem, vamos lá. O Macroeconometrista X sabe, melhor do que eu, que os métodos de diferenças-em-diferenças (que eu utilizei) e de controle sintético (que ele utilizou) são concorrentes parelhos, sem nenhuma clara superioridade em favor de um deles. Ambos...
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O impacto da NME: Tréplica (parte I)Bráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-impacto-da-nme-treplica-parte-iMon, 02 Oct 2017 15:30:00 -0300node/198
Antes de iniciar a tréplica aos textos do Macroecometrista X e do Samuel Pessoa, vale relembrar algumas das conclusões que apontei em meu primeiro post: admitindo que o PIB brasileiro venha sofrendo problemas de mensuração, a NME explicaria cerca de 30% da desaceleração do crescimento (considerando o limite superior das minhas contas) em 2012-2017 vs 1999-2011. Trata-se de 1 pp a menos de crescimento por ano, acumulando cerca de 6% do PIB nesse período, o que daria algo como R$ 400 bilhões considerando a projeção para o PIB em 2017. Caso seja ignorada a questão...
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O impacto da nova matriz econômica sobre a economia: resposta a Bráulio IISamuel Pessoahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-impacto-da-nova-matriz-economica-sobre-economia-resposta-braulio-iiFri, 29 Sep 2017 12:15:00 -0300node/197
Bráulio Borges postou recentemente interessante texto sobre o impacto da nova matriz econômica (NME) no desempenho econômico do Brasil. Como sempre, Bráulio pensa fora da caixa e consegue, simultaneamente, fundamentar seus argumentos.
Eu e o "Macroeconomista X" oferecemos uma primeira resposta aos pontos de Bráulio. Segue um complemento aos argumentos de Bráulio.
Comparar o Brasil com o Brasil. Até agora o exercício foi avaliar o impacto da NME a partir...
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O impacto da nova matriz econômica: resposta a Bráulio BorgesSamuel Pessoahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-impacto-da-nova-matriz-economica-resposta-braulio-borgesThu, 28 Sep 2017 11:15:00 -0300node/196
Escrevi este artigo em coautoria com meu colega de profissão “Macroeconometrista X”. No texto abaixo, respondemos a post de Bráulio Borges neste Blog do Ibre, e mostramos por que as críticas à nova matriz econômica (NME) não são exageradas.
HAMLET (a Horácio): Renuncia ainda um tempo à bem-aventurança,
E mantém teu sopro de vida neste mundo de dor,
Pra contar a minha história da NME.
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Papel histórico das ferrovias no Brasil mostra importância de investir em infraestruturaPaulo Linshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/papel-historico-das-ferrovias-no-brasil-mostra-importancia-de-investir-em-infraestruturaWed, 27 Sep 2017 10:30:00 -0300node/195
Neste ano, aconteceu um fato inédito: a medalha John Bates Clark ‒ prêmio dado a jovens economistas que trabalham nos EUA, com menos 40 anos e cuja pesquisa contribuiu para disciplina ‒ foi dada para um economista que trabalha com História Econômica, o professor de Stanford Dave Donaldson. Ele utiliza dados históricos – muitas vezes coletados após longo esforço –, teoria economia e técnicas econométricas para responder questões importantes de longo prazo. Um exemplo é o seu artigo Railroads of the Raj em que ele quantifica, utilizando dados administrativos ingleses sobre...
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O BC teve que correr atrás... Mas antes tarde do que nuncaBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-bc-teve-que-correr-atras-mas-antes-tarde-do-que-nuncaTue, 26 Sep 2017 09:00:00 -0300node/194
Com uma variação do IPCA nos 12 meses terminados em agosto deste ano em +2,5% e a chance cada vez maior de que esse índice encerre 2017 com alta inferior ao piso do centro da meta, que é de 3%, reemergiu o debate sobre a postura da política monetária doméstica. Teria sido o BC conservador demais no ciclo de aperto, bem como no timing da distensão monetária? Ou boa parte da forte desinflação inesperada observada nos últimos meses seria reflexo de choques pontuais, sobretudo nos alimentos, sobre os quais a política monetária tem pouca influência?
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Curtindo a vida adoidado... mas o risco é esquecer as reformasLivio Ribeirohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/curtindo-vida-adoidado-mas-o-risco-e-esquecer-reformasFri, 22 Sep 2017 11:45:00 -0300node/193
Taxa de câmbio próxima do nível anterior ao evento JBS, juros e inflação em queda, sinais mais claros de recuperação da atividade e Ibovespa em novo máximo histórico. Quem acompanha o noticiário econômico e vê o comportamento recente dos mercados fica com a impressão de que os economistas estão sempre procurando fantasmas onde eles não existem, e que a tão falada necessidade de reformas estruturais é mais um exagero dos derrotistas de plantão.
Economistas devem tentar ver além. Não é uma questão de procurar fantasmas, mas sim de antecipar...
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Proposta: uma agenda comum mínima entre economistas com diferentes simpatias partidáriasSamuel Pessoahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/proposta-uma-agenda-comum-minima-entre-economistas-com-diferentes-simpatias-partidariasThu, 21 Sep 2017 11:30:00 -0300node/192
Meu colega Nelson Barbosa escreveu instigante texto sobre a evolução da carga tributária brasileira no longo prazo, em que nota que houve forte aumento da carga tributária no governo militar e no governo FHC.
Citando entrevista minha ao jornal Valor Econômico, publicada em 28 de agosto, em que eu afirmei que provavelmente haverá necessidade de aumento da carga tributária, Nelson afirmou que eu sofro de “amnésia seletiva”. O motivo é que, apesar de na entrevista eu mencionar que uma possível fonte de tributação...
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Impacto da crise na informalidade da mão de obraBernardo Coelhohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/impacto-da-crise-na-informalidade-da-mao-de-obraWed, 20 Sep 2017 11:45:00 -0300node/191
A divulgação do resultado positivo do PIB no segundo trimestre de 2017 deve significar o fim da mais longa crise econômica registrada no Brasil, iniciada no segundo trimestre de 2014, de acordo com o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE). Os impactos da crise, contudo, ainda serão sentidos nos próximos anos.
Se, por um lado, os dados de emprego apresentaram a primeira melhora no segundo trimestre, de acordo com a PNAD Contínua, a informalidade mantém sua trajetória de crescimento. A série histórica da pesquisa pode ser dividida em dois...
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Uma inflação memorável avaliada à luz do contexto mundialSalomão Quadros (In Memoriam)https://blogdoibre.fgv.br/posts/uma-inflacao-memoravel-avaliada-luz-do-contexto-mundialTue, 19 Sep 2017 11:00:00 -0300node/190
De surpresa em surpresa, a inflação caiu a 2,46%. Em 10 dos 12 meses desde setembro de 2016, as previsões do boletim Focus superestimaram o número calculado pelo IBGE. Nesse período, a taxa de inflação recuou 6,5 pontos percentuais. Reduções de amplitude superior a essa ocorreram apenas duas vezes após o Plano Real, a última em outubro de 2004. Quanto aos 2,46%, percentual inferior ao piso da meta, não se verificava nada parecido desde fevereiro de 1999.
Explicações para o feito há muitas: a troca de comando do Banco Central, aportando...
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O ajuste fiscal continua urgenteFernando Velosohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-ajuste-fiscal-continua-urgenteFri, 15 Sep 2017 16:30:00 -0300node/189
Os indicadores econômicos recentemente divulgados mostram uma consolidação da recuperação cíclica da economia brasileira. O crescimento do PIB no segundo trimestre veio acima do esperado, o que levou a revisões nas expectativas de crescimento para 2017.
O IBRE/FGV, em particular, elevou sua previsão de crescimento de 0,3% para 0,7% este ano, sendo mantida a previsão de crescimento de 2,2% em 2018. Dentre os componentes do PIB, as principais revisões foram no crescimento da agropecuária, de 9,7% para 12,9%, e uma queda menor dos serviços, de 0,3% para 0,1%.
O...
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Inflação de serviços, até onde podemos chegar?Silvia Matoshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/inflacao-de-servicos-ate-onde-podemos-chegarFri, 15 Sep 2017 11:15:00 -0300node/188
A inflação de serviços continua surpreendendo. Em agosto, o resultado foi bem atípico para esse grupo, pois o número ficou próximo de zero. Essa é uma excelente notícia, pois a inflação desse grupo permaneceu elevada por muitos anos e apenas em meados do ano passado ela cedeu.
Em valores acumulados em 12 meses a inflação de serviços atingiu 4,8% e de janeiro a agosto foi de apenas 2,9%. Se excluirmos passagem aérea, um item muito volátil e que às vezes dificulta a análise, o resultado se mantém: em 12 meses a inflação atingiu 4,9% e de janeiro a...
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Carga tributária, dividendos e amnésia seletivaNelson Barbosahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/carga-tributaria-dividendos-e-amnesia-seletivaWed, 13 Sep 2017 17:45:00 -0300node/187
O ajuste fiscal necessário para estabilizar o endividamento público requer tanto uma redução do crescimento dos gastos quanto uma recuperação da receita tributária do governo. À exceção de alguns neoliberais de jardim de infância – que são contra qualquer aumento de impostos por achar que o governo é sempre bobo, mau e feio – a maioria dos economistas sabe que é inevitável aumentar a receita tributária para reequilibrar o orçamento público. Os últimos dois grandes ajustes fiscais realizados no Brasil corroboram essa conclusão.
Segundo os dados...
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Política monetária e condições financeirasJosé Júlio Sennahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/politica-monetaria-e-condicoes-financeirasMon, 11 Sep 2017 14:45:00 -0300node/186
Política monetária afeta o desempenho de determinada economia por meio de seus efeitos sobre os preços de certos ativos financeiros e sobre as condições nos mercados de crédito. São os chamados canais de transmissão da política monetária. Ao manipular a taxa básica de juros, com objetivo de influenciar o comportamento da economia, banqueiros centrais procuram alterar as condições prevalecentes nos mercados financeiros. O problema é que, de modo geral, a relação entre os juros de política monetária e as chamadas condições financeiras está longe de ser estável.
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Impacto dos erros (reais) da Nova Matriz tem sido muito exageradoBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/impacto-dos-erros-reais-da-nova-matriz-tem-sido-muito-exageradoFri, 08 Sep 2017 13:00:00 -0300node/185
O IBRE/FGV lançou, em meados de 2016, o livro “A crise de crescimento do Brasil”, no qual diversos pesquisadores tentaram avaliar as razões por detrás da desaceleração do crescimento do PIB brasileiro de 2012 em diante. Como os capítulos foram entregues ainda no final de 2015, na prática as informações lá utilizadas iam até 2014, com algumas projeções para 2015.
Naquele momento, as projeções de consenso apontavam uma queda do PIB brasileiro de cerca de 3% a.a. em 2015-16. Entretanto, o recuo efetivo acabou ficando mais próximo de 4% a.a. – fazendo da recessão atual a segunda...
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Lógica política versus racionalidade econômica no reajuste do salário mínimoFernando de Holanda Barbosa Filhohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/logica-politica-versus-racionalidade-economica-no-reajuste-do-salario-minimoTue, 05 Sep 2017 10:45:00 -0300node/184
O número de empregados que, no mercado de trabalho, recebiam um salário mínimo saltou de 5,2 milhões de pessoas em 1998 para 9,0 milhões em 2015, com base nos dados da PNAD. Há adicionalmente 20,8 milhões de pessoas que recebem benefícios de previdência (rural ou urbana) e transferências (BPC-LOAS) no valor do mínimo. Ou seja, atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas recebem exatamente um salário mínimo, o que corresponde a cerca de 20% do eleitorado nacional.
Como o salário mínimo serve de referência para muitos trabalhadores que não ganham...
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A armadilha da busca de receitas extraordinárias a qualquer custoManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/armadilha-da-busca-de-receitas-extraordinarias-qualquer-custoFri, 01 Sep 2017 11:00:00 -0300node/183
O governo federal anunciou que terá que mudar a meta fiscal neste e no próximo ano. A promessa atual é estabilizar o déficit fiscal em R$ 159 bilhões durante este mandato. Nos últimos anos, esse enredo tem se repetido, mas este ano ficou mais claro junto à opinião pública a importância da queda das receitas na recessão e que o recurso à obtenção de receitas extraordinárias para preencher parte desta perda possui limites.
Essa questão tem sido recorrente desde 2009, quando a crise financeira diminuiu as receitas do governo que, por sua vez, teve...
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Prioridades orçamentárias em um contexto adversoVilma da Conceição Pinto, José Roberto Afonsohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/prioridades-orcamentarias-em-um-contexto-adversoThu, 31 Aug 2017 14:15:00 -0300node/182
O governo federal aprovou no final do ano passado a emenda constitucional 95 (EC 95/16), que prevê um teto anual – para aplicação individual ao Poder Executivo e a diferentes órgãos públicos ou esferas dos demais Poderes – de despesas primárias, o que representou um marco em termos de condução da política fiscal no Brasil. A EC 95/16 surgiu em meio à intensa crise fiscal da qual o País ainda não saiu, e que está sendo marcada pelos elevados déficits primários em função da queda expressiva das receitas recorrentes e do contínuo crescimento dos gastos obrigatórios.
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Por que ideias importam para o crescimento brasileiroTiago Cabral Barreirahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/por-que-ideias-importam-para-o-crescimento-brasileiroWed, 30 Aug 2017 09:30:00 -0300node/181
A Constituição de 1988 trouxe importantes mudanças nas instituições brasileiras. Uma delas foi a generosa atribuição de direitos sociais explicitados no preâmbulo constitucional. Essa atribuição de direitos sociais, definidos como direito a saúde, educação, moradia, alimentação e transportes, constituiu o centro dos discursos político-eleitorais no Brasil ao longo das últimas três décadas. Também constituiu a espinha dorsal dos sucessivos programas de governo que foram implementados na Nova República, indo dos mais alinhados à esquerda (Lula e Dilma) aos mais centristas...
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É hora de discutir a privatização sem populismo e distorçõesMarcel Balassianohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/e-hora-de-discutir-privatizacao-sem-populismo-e-distorcoesMon, 28 Aug 2017 14:45:00 -0300node/180
Nessa semana, o governo federal anunciou a entrada de 57 novos projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), distribuídos em diversos setores da economia, como aeroportos, rodovias, portos, energia elétrica e petróleo e gás. Com isso, o governo espera arrecadar R$ 44 bilhões (menos de um terço do déficit primário previsto só para esse ano, de R$ 159 bilhões).
O que mais gerou comentários (a favor e contra) foi a “Democratização do capital da Eletrobras em Bolsa”, segundo consta no comunicado do Ministério de Minas e Energia.
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Boletim Macro Ibre: A retomada e o sentido de urgência das reformasRegis Bonelli (In Memoriam)https://blogdoibre.fgv.br/posts/boletim-macro-ibre-retomada-e-o-sentido-de-urgencia-das-reformasFri, 25 Aug 2017 09:30:00 -0300node/179
A confirmação de que a economia brasileira está se recuperando é uma ótima notícia. Conforme a retomada avance, o quadro econômico e político, assim como o foco dos analistas, vai mudar. Com o tempo ela deve trazer não apenas uma queda do desemprego, como a muito aguardada recuperação das receitas tributárias, aliviando o quadro de penúria fiscal.
No Boletim Macro IBRE de agosto de 2017, nossas estimativas mostram, em particular, que a redução do hiato do produto deve contribuir de forma relevante para o ajuste das contas...
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Alimentos reduzem inflação das famílias de baixa rendaAndré Brazhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/alimentos-reduzem-inflacao-das-familias-de-baixa-rendaThu, 24 Aug 2017 14:30:00 -0300node/178
Os preços dos gêneros alimentícios vêm registrando importante declínio nos últimos meses. Segundo o IPC-C1[1]/FGV, índice de inflação voltado às famílias mais pobres, os itens componentes da cesta básica registraram queda de 5,3% entre agosto de 2016 e julho de 2017. Entre os destaques, vale citar o comportamento dos preços de alimentos essenciais: batata (-56,8%), feijão carioca (-48,3%), leite (-23,9%), banana (-15,5%) e arroz (-1,75%).
Preços agrícolas em queda muito contribuem para o arrefecimento da inflação ao consumidor, sobretudo para o...
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Hiato, inflação e juros nos próximos anos: o que ainda não está na contaBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/hiato-inflacao-e-juros-nos-proximos-anos-o-que-ainda-nao-esta-na-contaWed, 23 Aug 2017 11:00:00 -0300node/177
Em meu último post neste blog, apontei que a economia brasileira opera atualmente com um hiato do produto negativo expressivo, da ordem de oito pontos percentuais.
Repetindo o último parágrafo daquele texto, “(...) isso significa dizer que: i) o ciclo econômico está subtraindo cerca de 2,5 pontos percentuais (pp) do PIB do resultado primário do setor público consolidado no momento atual; e ii) dada as atuais projeções de consenso para o crescimento do PIB efetivo nos próximos anos, o hiato do produto somente deixará de ser...
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América Latina: A recuperação avança, mas há riscosArmando Castelarhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/america-latina-recuperacao-avanca-mas-ha-riscosTue, 22 Aug 2017 09:15:00 -0300node/176
É comum enxergar-se a América Latina como um bloco homogêneo de países, tendência reforçada pelos organismos internacionais e analistas de mercado que olham para a região, rotulada simplesmente de LATAM. A herança cultural e a geografia, até certo ponto, contribuem para isso, como fizeram, no passado, as escolhas de política econômica e o padrão de desenvolvimento.
Atualmente, porém, a tendência na economia é que as diferenças se acentuem. México, América Central e Caribe permanecem muito vinculados à economia americana, via exportações de...
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Fundo do poço do mercado de trabalho ficou para trásFernando de Holanda Barbosa Filhohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/fundo-do-poco-do-mercado-de-trabalho-ficou-para-trasMon, 21 Aug 2017 14:30:00 -0300node/175
Os dados da PNAD continua do IBGE divulgados semana passada, reforçam a ideia de que o fundo do poço do mercado de trabalho brasileiro ficou para trás. A taxa de desemprego caiu em todas as regiões analisadas na comparação com o trimestre anterior. A redução da taxa de desemprego está bastante espalhada em diversos estados do país.
A melhora mostra-se dispersa também na análise dos 10 grupamentos de atividades. Sete dos dez apresentaram aumento do número de vagas. A queda mais forte foi no setor de construção (-1,5%) enquanto que o maior...
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Avanço da subocupação reforça projeção de retomada lenta do mercado de trabalhoBruno Ottonihttps://blogdoibre.fgv.br/posts/avanco-da-subocupacao-reforca-projecao-de-retomada-lenta-do-mercado-de-trabalhoFri, 18 Aug 2017 11:15:00 -0300node/174
Nos últimos meses a taxa de desemprego tem caído acentuadamente. A desocupação, que estava em 13,7% em março, apresentou queda significativa, chegando a de 13,0% em junho (Gráfico 1).
O ritmo mais acelerado da queda do desemprego vem aumentando o otimismo dos analistas em relação à perspectiva de uma recuperação mais forte do mercado de trabalho.
No entanto, os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística...