Macroeconomia

Covid-19 derruba as projeções de PIB na América do Sul e México

3 jun 2020

Sondagem Econômica da América Latina da Fundação Getulio Vargas consultou os especialistas que participam da pesquisa sobre a projeção atual de crescimento do PIB de seu país em 2020 e a que vinha sendo feita ao final do ano passado. A coleta de informações foi realizada entre 16 de abril e 18 de maio.

Ao final de 2019, todos os pesquisadores consultados previam taxas de crescimento positivas para seus países, exceto na Argentina e na Venezuela. O Paraguai vinha em primeiro lugar, com uma taxa média de crescimento prevista de 4,0%, seguido do Peru, Colômbia, Bolívia e Chile com taxas entre 3,5% e 3,2%. O Brasil era o sexto colocado na lista das maiores taxas de crescimento com percentual de 2,7%.

Todas as projeções passaram a ser de queda do PIB nas previsões feitas no bimestre abril-maio. O Paraguai continuou na liderança com a menor variação negativa, de 1,8%. Em seguida, as menores quedas são da Colômbia, Chile e Bolívia, entre 2,4% e 2,8%.

A maior revisão de projeções entre dezembro de 2019 e abril-maio ocorreu no Peru, país em que a taxa projetada passou de 3,5% positiva para 5,4% negativa. Em seguida, veio o México, cuja taxa passou de +1,4% para -7,4% e o Brasil, de +2,7% para -4,8%.

O COVID-19 derrubou as projeções dos PIBs das principais economias da América Latina. Além da crise mundial, as quedas em cada país parecem ter sido influenciadas por fatores domésticos associados às respostas de cada governo no enfrentamento da pandemia no âmbito da saúde e da atenuação dos efeitos recessivos do COVID-19.

 

Taxas de crescimento do PIB (%) – Países selecionados

Fonte: Sondagem Econômica da América Latina FGV IBRE

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV. 

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