Macroeconomia

Países da Copa América e peso na economia mundial

25 jun 2019

A 46ª. edição da Copa América está sendo realizada no Brasil, entre 14 de junho e 7 de julho, pela quinta vez no país, e 100 anos após a primeira edição do torneiro em território brasileiro. O Estádio das Laranjeiras, do Fluminense, atual Estádio Presidente Manoel Schwartz, foi construído para essa primeira edição do então Campeonato Sul-Americano de 1919.

Além dos dez países sul-americanos membros da CONMEBOL (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), Japão e Catar, membros da Confederação Asiática de Futebol (AFC), também participam como convidados da competição. No total, são 26 partidas em seis estádios de cidades-sede: Estádio Mineirão (Belo Horizonte), Arena do Grêmio (Porto Alegre), Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Fonte Nova (Salvador), Arena Corinthians e Estádio Morumbi (os dois em São Paulo).

Dentre as 193 economias do mundo com dados disponíveis do PIB em US$ (preços correntes) na base de dados do FMI, os EUA são a maior economia do mundo (US$ 20,5 trilhões), seguido pela China (US$ 13,4 trilhões). No Gráfico 1, há o “ranking” das maiores economias do mundo dos países que estão disputando a Copa América 2019. O Japão é a terceira maior economia do mundo (atrás apenas dos EUA e China), e o mais bem posicionado nesse ranking. O Brasil é a nona maior economia do mundo, e segundo lugar dentre esses países selecionados. A Bolívia ocupa a posição número 94 no ranking das maiores economias do mundo, e último lugar nessa classificação. Esses 12 países correspondem a pouco menos de 10% do PIB mundial (9,4%, para ser mais exato). Se excluirmos os dois “convidados” (Japão e Catar), o peso para a economia mundial dos dez países seria de 5,0%. No Gráfico 2 há o peso de cada país na economia mundial.

Só para efeitos de comparação, os países participantes da edição da Eurocopa 2016 representam mais de 20% do PIB mundial. Porém, duas ressalvas precisam ser feitas: a Eurocopa 2016 contou com o dobro de participantes do que a Copa América 2019 (24 X 12); e o peso das economias europeias na economia mundial é maior do que as sul-americanas.

Na Tabela 1, há o PIB (em US$, preços correntes) de cada um dos 12 países. O Brasil ano passado apresentou um PIB de US$ 1868 bilhões, abaixo somente do Japão (US$ 4972 bilhões) nessa classificação. A Bolívia, última colocada, apresentou um PIB de US$ 41 bilhões. 

Na Tabela 2, observa-se o PIB per capita (em US$, PPP). Nesse caso, o “campeão” é o Catar, com um PIB per capita de US$ 116 mil, seguido por Japão. O Brasil ocupa a sexta posição nessa classificação (US$ 14,4 mil), atrás de Chile, Uruguai e Argentina. A Bolívia também ocupa a última posição nesse ranking. Vale a pena frisar que o Catar tem esse alto PIB per capita em função do PIB relativamente alto (muito dependente do petróleo, principalmente) e uma população pequena (2,7 milhões de pessoas, em 2018).

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

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