Macroeconomia

É provável que o debate da agenda fiscal fique para 2019

8 mar 2018

O déficit primário do governo central de R$ 124,4 bilhões em 2017, quase R$ 35 bilhões inferior à meta de R$ 159 bilhões, foi uma surpresa. Quando analisado em detalhe, como realizado recentemente por Manoel Pires, pesquisador associado da FGV IBRE, o resultado primário do ano passado traz uma informação relevante e, até certo ponto, curiosa: apesar de a situação fiscal estrutural brasileira permanecer extremamente frágil, é possível que em 2018, ano da eleição presidencial, o tema das contas públicas não surja como uma questão de vida ou morte. Há vários sinais que apontam um cumprimento relativamente tranquilo da meta de primário deste ano, que é também de R$ 159 bilhões. O teto constitucional de gastos, por seu turno, também deverá ser respeitado, mas não com muita folga. Das regras fiscais, a chamada “regra de ouro” do setor público parece a mais complicada de ser atendida, embora o governo tenha instrumentos e espaço de manobra para obedecê-la.

Veja detalhes desse debate na Carta da Conjuntura de março.

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