Macroeconomia

Carta do IBRE: Agenda de 2019 será uma das mais pesadas desde a redemocratização

7 mai 2018

O presidente que assumir em 2019 enfrentará uma das agendas mais pesadas de primeiro ano de mandato desde a redemocratização. De início, algo terá que ser feito em relação à emenda constitucional do teto dos gastos, a EC 95. Pelos cálculos da economista Vilma Pinto, pesquisadora da FGV IBRE, as despesas federais discricionárias, que incluem os gastos com a máquina pública (excluindo salários) e os investimentos, terão de ser reduzidas para R$ 46 bilhões em 2020, o que é muito abaixo do mínimo necessário para evitar a paralisação do governo.

Esse cenário supõe que não haja reforma da Previdência e se mantenha em 2020 a atual regra de reajuste do salário mínimo. Mas o valor é significativamente inferior ao mínimo necessário para a manutenção do funcionamento da máquina pública, estimado como superior a R$ 100 bilhões. Dessa forma, mesmo na hipótese muito otimista de que se aprove uma reforma da Previdência no início do próximo mandato presidencial, e que se avance em medidas que contenham o impacto fiscal oriundo do aumento real do salário mínimo e de corte de subsídios, o teto tal como definido hoje não poderá ser cumprido em 2020.

Leia a Carta do IBRE completa, no Portal IBRE.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

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