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Boletim Econômico do Rio, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, mostra resultados positivos de atividade econômica, inflação e mercado de trabalho carioca, com expectativas otimistas.

A economia do Rio vem se recuperando nos últimos tempos, notadamente desde 2021, sob a nova gestão do Prefeito Eduardo Paes, e após os impactos da pandemia. O presente artigo vai resumir os principais dados presentes nas últimas edições do Boletim Econômico do Rio, publicação mensal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), disponível no Observatório Econômico do Rio, bem como expectativas para o término desse ano e para 2024.

Segundo estimativas da Prefeitura do Rio, por meio da SMDEIS, com base em um modelo que estima o PIB do Rio em função do PIB do Brasil,[1] o PIB carioca cresceu, em termos reais, 6,4% em 2021,[2] após a forte queda do ano anterior, em função da pandemia, e 3,9% em 2022. E, para 2023, as expectativas são de um crescimento de 3,3%. Já para 2024, estima-se que o PIB aumente 1,9%. Nesse cenário, o crescimento médio do período 2021-2024 será de 3,9% ao ano.[3]

A taxa de inflação no Rio nos últimos 12 meses, terminados em agosto de 2023, foi de 3,5% – 1,1 pontos percentuais abaixo da inflação do Brasil (4,6%) –, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE. Vale ressaltar o processo de redução da inflação, tanto no Rio como no Brasil. Em 2021, a inflação da região metropolitana do Rio de Janeiro foi de 8,6%, tendo recuado para 6,6% em 2022 e 3,5% nos últimos 12 meses, terminados em agosto de 2023.

Entre janeiro de 2021 e julho de 2023, o Rio gerou 218,3 mil novos postos de trabalho, com um fortalecimento a partir do segundo semestre de 2021, sendo 77,3% no setor de serviços, 9,5% da construção, 8,2% de comércio e 5,0% da indústria, segundo dados do CAGED / Ministério do Trabalho.

De acordo com dados da Pnad Contínua do IBGE, a taxa de desemprego do Rio recuou 6,6 p.p. entre o segundo trimestre de 2023 e o quarto trimestre de 2020, passando de 16,2% para 9,6%. Para 2024, a expectativa da Prefeitura é que a taxa recue para 8,0%.

E vale ressaltar que a diferença entre a taxa de desemprego do Rio e do Brasil vem caindo. No final de 2020, a taxa de desemprego carioca era 2,0 pontos percentuais (p.p.) maior do que a taxa brasileira. Em 2022, na média do ano, a diferença recuou para 0,8 p.p..

Para se ter uma análise da situação do mercado de trabalho mais ampla, deve-se olhar para outras variáveis e não só a taxa de desemprego. Além das pessoas desocupadas, há as pessoas desalentadas, indisponíveis, subocupadas e informais. Com a melhora nas perspectivas econômicas, o número de pessoas desalentadas caiu praticamente pela metade, tendo recuado de 79,0 mil no quarto trimestre de 2020 para 40,5 mil no segundo trimestre de 2023. A quantidade de pessoas indisponíveis recuou para 68,4 mil no segundo trimestre de 2023, praticamente o mesmo contingente do quarto trimestre de 2019, último trimestre pré-pandemia. Há uma medida alternativa, mais ampla, somando as pessoas desocupadas com as desalentadas e indisponíveis, e essa taxa recuou 9,4 p.p. entre o segundo trimestre de 2023 e o quarto trimestre de 2020, passando de 21,6% para 12,2%.

Por fim, há 3,3 milhões de pessoas ocupadas (formais e informais) no Rio. Felizmente, a recuperação está robusta, com um aumento de quase meio milhão de pessoas (495,7  mil) ocupadas entre o segundo trimestre de 2023 e o quarto trimestre de 2020.

Todos esses dados mostram uma forte recuperação da economia carioca, registrada em especial no mercado de trabalho. A economia do Rio vem crescendo, e isso reflete positivamente na criação de empregos e na redução da vulnerabilidade. O desenvolvimento econômico é fruto das diversas ações e iniciativas estruturantes que estão sendo realizadas pela Prefeitura. Os desafios ainda são grandes, mas a recuperação está cada vez mais forte e visível para a população.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.