Macroeconomia

Debate com Marcos Lisboa e Samuel Pessoa e a dívida pública brasileira 1950-2016

29 mai 2018

Marcos Lisboa e Samuel Pessoa escreveram um artigo no blog do IBRE apresentando uma visão crítica sobre a expansão fiscal iniciada em 2006 dialogando com um artigo que escrevi sobre as condições de auto financiamento da política fiscal. Naquele artigo, o principal argumento que apresentei foi que uma política fiscal não deve ser julgada por ser ou não auto financiada em situações em que não existem dúvidas sobre a sustentabilidade da política fiscal tal como era o caso em 2006.

Nesse artigo Marcos e Samuel argumentam que a manutenção do ajuste fiscal poderia ter contribuído para uma redução das taxas de juros. Fico feliz que meu artigo tenha ajudado os autores a mudarem a métrica desse debate em uma direção que faz sentido. No mais, espero os autores dizerem que tipo de ajuste seria implementado naquela ocasião.

O argumento que me parece mais difícil de aceitar é o de que a expansão fiscal de 2006 foi a semente que resultou no expansionismo inglório que observamos em 2012-14. Até 2010 me parece correto afirmar que qualquer excesso em nível macro poderia ter sido revertido, tal como foi feito em 2011. No nível macroeconômico, esse argumento é muito mais difícil de comprar. De todo o modo, a pergunta relevante é porque já não começamos esse debate do ponto de partida correto?

Manoel Pires responde ao artigo de Marcos Lisboa e Samuel Pessoa no Observatório de Política Fiscal. Leia o debate completo aqui.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

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O Observatório de Política Fisca reúne séries históricas de estatísticas públicas, análises de temas que envolvem a situação fiscal do Brasil, além de dicas de leituras e conteúdos educativos sobre o assunto. Saiba mais.

 

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