Economia do Rio tem bom desempenho em 2023
Indicador da Prefeitura do Rio aponta crescimento dos serviços, principal setor da economia carioca, de 2,7% em 2023, um pouco acima da alta dos serviços no Brasil no mesmo ano, nos dados do PIB e da pesquisa setorial do IBGE.
A economia do Rio vem se recuperando nos últimos tempos, notadamente desde 2021, sob a nova gestão do Prefeito Eduardo Paes. O presente artigo é uma continuação dos demais posts sobre a economia carioca já publicados no Blog do IBRE, e vai resumir os principais dados econômicos de 2023 presentes nas últimas edições do Boletim Econômico do Rio, publicação mensal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), disponível no Observatório Econômico do Rio.
O Indicador de Atividades de Serviços (IAS-Rio), elaborado pela Prefeitura do Rio, por meio da SMDUE, cujo objetivo é acompanhar a evolução do principal setor da economia carioca, mostrou um crescimento real de 2,7% em 2023.[1] O resultado do Brasil para esse setor, 2,4%, considerando o PIB de serviços, e 2,3%, pelo resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS / IBGE), foi ligeiramente inferior ao carioca.[2]
A taxa de inflação no Rio em 2023 foi de 4,3%, 0,3 ponto percentual abaixo da inflação do Brasil (4,6%), segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE. A composição da variação dos preços no Rio foi a seguinte: 8,2% dos preços administrados (9,1% no Brasil); 4,6% nos preços dos serviços (1,6 p.p. abaixo do aumento dos preços dos serviços no Brasil, de 6,2%); 1,2% nos bens industriais, em linha com o dado nacional, de 1,1%; e deflação de 0,1% dos preços de alimentos (-0,5% no Brasil).
Vale ressaltar que, das 16 Regiões Metropolitanas que compõem o IPCA do Brasil, a taxa de inflação do Rio ficou menor do que as 10 principais capitais, que representam 81,2% da inflação total do Brasil. São elas: Brasília - DF (5,5%); Vitória – ES (5,1%); Belo Horizonte – MG (5,1%); São Paulo – SP (5,0%); Fortaleza – CE (4,9%); Belém – PA (4,8%); Campo Grande – MS (4,8%); Porto Alegre – RS (4,6%); Rio Branco – AC (4,6%); e Salvador – BA (4,5%).
O mercado de trabalho formal no Município do Rio criou 71,8 mil novos empregos formais em 2023, sendo 71,9% no setor de serviços, 11,3% na construção, 9,8% no comércio, e 7,0% na indústria, de acordo com dados do CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego.
Na gestão atual, no triênio 2021-2023, o Rio gerou 258,3 mil novos postos de trabalho, sendo 74,9% no setor de serviços, 10,7% de comércio, 8,9% da construção e 5,5% da indústria.
De acordo com a PNAD Contínua do IBGE, a taxa média de desemprego do Rio foi de 9,1% em 2023, uma redução de 5,9 pontos percentuais (p.p.) em comparação com 2020 (15,0%). Nesse sentido, 228,5 mil[3] cariocas deixaram de estar desempregados nesse período.
Outro dado relevante é referente à redução de mais de 300 mil (327,7 mil)[4] das pessoas vulneráveis no Rio, entre 2023 e 2020. Define-se pessoas vulneráveis como o somatório das pessoas desempregadas, desalentadas, indisponíveis e subocupadas.
Sobre a quantidade de pessoas ocupadas no Rio, a recuperação está robusta, com um aumento de mais de meio milhão (522,1 mil)[5] nos últimos três anos, totalizando 3,3 milhões de pessoas ocupadas (formais e informais) no Rio, o maior contingente da série histórica. Ou seja, a cidade vive o momento em que há mais cariocas trabalhando!
Todos esses dados mostram forte recuperação da economia carioca, registrada em especial no mercado de trabalho. A economia do Rio vem crescendo, e isso se reflete positivamente na criação de empregos e na redução da vulnerabilidade. O desenvolvimento econômico é fruto das diversas ações e iniciativas estruturantes que estão sendo realizadas pela Prefeitura do Rio. Os desafios ainda são grandes, mas a recuperação está cada vez mais forte e visível para a população.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.
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