Fundo do poço do mercado de trabalho ficou para trás
Os dados da PNAD continua do IBGE divulgados semana passada, reforçam a ideia de que o fundo do poço do mercado de trabalho brasileiro ficou para trás. A taxa de desemprego caiu em todas as regiões analisadas na comparação com o trimestre anterior. A redução da taxa de desemprego está bastante espalhada em diversos estados do país.
A melhora mostra-se dispersa também na análise dos 10 grupamentos de atividades. Sete dos dez apresentaram aumento do número de vagas. A queda mais forte foi no setor de construção (-1,5%) enquanto que o maior crescimento veio da indústria (3,3%).
A retomada do emprego tem sido concentrada nos trabalhadores sem carteira e conta própria. Ou seja, apesar da geração de empregos formais apresentada nos dados do CAGED, a recuperação do mercado de trabalho brasileiro está concentrada no ramo informal. Adicionalmente, o indicador de atividade econômica do Banco Central, também divulgado na semana passada, mostra que a retomada da economia continua ainda que de forma lenta (+0,25% no segundo trimestre).
Logo, temos a boa notícia de que a retomada continua e que o fundo do poço deve ter ficado para trás. A má notícia é que teremos uma recuperação lenta e continuaremos a ver nos próximos meses um nível de desemprego elevado (mas em queda) e uma recuperação econômica em ritmo aquém do desejado.
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