O “Global Clean Energy Action Forum” na semana passada e aprovação de US$ 369 bi para combater mudanças climáticas pelos EUA são avanço, mas atraso dos emergentes em tecnologia e tropeços e recuos no Brasil são problemáticos.
Estresse global na energia inclui Costa Oeste dos EUA e principalmente Europa, com ameaça a fornecimento no inverno. Mas transição energética veio para ficar e é hora de criar condições de investimento, e não só no setor elétrico.
Mesmo com pressões por respostas imediatas à alta dos preços de energia, descarbonização avança (em meio a incertezas) na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil é preciso ter metas política e administrativamente factíveis.
Em documentário recente, Bill Gates reporta seus esforços a frente da Bill and Melinda Gates Foundation para atacar um tema antigo e de grande impacto sobre saúde: a falta de saneamento. O primeiro episódio apresenta Bill e Melinda Gates inconformados com os dados relativos à falta de saneamento e mortalidade infantil.
Não resta dúvida de que a principal fronteira a ser alcançada no setor de infraestrutura é o saneamento básico. Atualmente, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de água, enquanto mais de 100 milhões não estão conectados à rede coletora de esgotos (SNIS, 2017). Esse quadro é agravado quando os números relativos ao tratamento de esgotos são analisados em maior detalhe.