Economia Regional

Notícias positivas na economia do Rio no 1º trimestre de 2023

13 jun 2023

Segundo o Boletim Econômico do Rio, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, atividade econômica e mercado de trabalho carioca tiveram resultados positivos nos primeiros três meses do ano.

A economia do Rio vem se recuperando nos últimos meses, notadamente desde 2021, sob a nova gestão do Prefeito Eduardo Paes, e após os impactos da pandemia. O presente artigo vai resumir os principais dados do primeiro trimestre de 2023 da economia carioca, presentes no Boletim Econômico do Rio, publicação mensal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), disponível no Observatório Econômico do Rio.

O PIB dos estados e municípios é divulgado pelo IBGE, com frequência anual, e com uma defasagem de dois anos. Para os estados, há dados de atividade econômica em frequência mensal, como as pesquisas de serviços, comércio e indústria, divulgadas pelo IBGE, e o indicador de atividade econômica regional (IBCR), calculado pelo Banco Central. Mas, para os municípios, há uma escassez de indicadores, principalmente mensais. Buscando suprir uma lacuna de informações de atividade econômica de mais alta frequência para o Município do Rio de Janeiro, a SMDEIS desenvolveu o Indicador de Atividade Econômica do Rio (IAE-Rio), cujo objetivo é acompanhar mensalmente o comportamento da economia carioca, principalmente do setor de serviços, incluindo comércio, cujo peso é de 86,5% na economia do Rio. O indicador é baseado numa combinação linear do montante total de recursos captado através do Imposto sobre Serviços (ISS) da cidade do Rio de Janeiro (dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento – SMFP), do montante total de recursos captado através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na cidade do Rio de Janeiro (dados da Secretaria Estadual de Fazenda do Rio de Janeiro - SEFAZ-RJ), da Pesquisa Mensal de Serviços do Estado do Rio de Janeiro (PMS-RJ), e da Pesquisa Mensal de Comércio do Estado do Rio de Janeiro (PMC-RJ), sendo as duas últimas divulgadas pelo IBGE.

O IAE-Rio, apresentou um crescimento, em termos reais, de 2,4%, no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O mercado de trabalho formal no Município do Rio, segundo dados do CAGED/Ministério do Trabalho, gerou aproximadamente 10 mil novos empregos formais nos primeiros três meses de 2023, sendo mais de 75% no setor de serviços.

Em um horizonte maior, de mais de dois anos, entre janeiro de 2021 e março de 2023, o Rio gerou aproximadamente 200 mil novos postos de trabalho, com um fortalecimento a partir do segundo semestre de 2021. Desse total, 78,4% foram no setor de serviços, 8,7% da construção, 7,9% de comércio e 5,1% da indústria.

De acordo com dados da Pnad Contínua do IBGE, a taxa de desemprego do Rio recuou 2,8 p.p. entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, chegando no nível de 9,1%. Já na comparação com os três primeiros meses de 2021, o recuo foi de 7,2 p.p.. O gap entre a taxa de desemprego do Rio e do Brasil vem caindo nos últimos trimestres, sendo a diferença de 0,3 p.p. no primeiro trimestre de 2023 (8,8% foi a taxa brasileira).

Para ter uma análise da situação do mercado de trabalho mais ampla, deve-se olhar para outras variáveis e não só a taxa de desemprego. Além das pessoas desocupadas, há as pessoas desalentadas, indisponíveis, subocupadas e informais. Com a melhora nas perspectivas econômicas, o número de pessoas desalentadas recuou para 37,1 mil no primeiro trimestre de 2023. A quantidade de pessoas indisponíveis recuou para 72,6 mil no primeiro trimestre de 2023, praticamente o mesmo contingente do quarto trimestre de 2019, último trimestre pré-pandemia. Há uma medida alternativa, mais ampla, somando as pessoas desocupadas com as desalentadas e indisponíveis, e essa taxa recuou 9,6 p.p. entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2021, chegando no nível de 11,8%.

No primeiro trimestre de 2023, havia 24,8 mil trabalhadores subocupados (formais) por insuficiência de horas trabalhadas, que são aquelas pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, e gostariam de trabalhar mais. E, por fim, também há os trabalhadores informais, que são os trabalhadores sem carteira assinada (setor privado, público e trabalhador doméstico), sem CNPJ (empregador e conta-própria) e trabalhador familiar auxiliar. No primeiro trimestre de 2023, havia um milhão de trabalhadores informais no Rio, o que representava 31,8% da população ocupada.

Os trabalhadores numa situação mais vulnerável do mercado de trabalho no Rio são aquelas pessoas desocupadas, subocupadas, desalentadas, indisponíveis e informais. No primeiro trimestre de 2023, havia 1,5 milhão de pessoas numa situação mais vulnerável do mercado de trabalho no Rio, um recuo de 235,3 mil pessoas desde o quarto trimestre de 2020.

E, por fim, há 3,3 milhões de pessoas ocupadas (formais e informais) no Rio. Felizmente, a recuperação está robusta, com um aumento de 100,7 mil pessoas ocupadas entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período do ano passado.

Em resumo, esses dados mostram uma forte recuperação da economia carioca, em especial no mercado de trabalho. A economia do Rio vem crescendo, e isso reflete positivamente na criação de empregos e na redução da vulnerabilidade. O desenvolvimento econômico é fruto das diversas ações e iniciativas estruturantes que estão sendo realizadas pela Prefeitura. Os desafios ainda são grandes, mas a recuperação está cada vez mais forte e visível para a população.


As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV. 

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