Cenários

Os principais desafios para o corte de juros no Brasil

24 out 2025

Para o ano de 2026, a nossa expectativa é de impulso fiscal positivo. Teremos medidas de crédito e parafiscais que impactarão significativamente a atividade econômica, a despeito de, pelo menos oficialmente, respeitarem o Arcabouço Fiscal.

São grandes as especulações em torno do momento em que o Banco Central dará início a um processo de queda dos juros. Muitos são os interessados nesse processo. Não falta, inclusive, quem se preocupe com o impacto dos juros elevados sobre as contas públicas, percebendo certa urgência na redução dos juros.

O Banco Central não dá pista alguma acerca de quão distantes estamos do referido momento. Na verdade, evita a todo custo até mesmo tocar no assunto.

Num trabalho publicado na década em que o regime de metas de inflação passou a ser adotado por diferentes países, mais precisamente em 1997, o economista Lars Svensson argumentou que a implementação do referido sistema envolvia interpretá-lo como um regime de metas de projeção da inflação.

Svensson ponderava que a própria performance da autoridade monetária deveria ser avaliada com base em sua capacidade de minimizar a distância entre a projeção e a meta. O objetivo seria levar a projeção para o seu objetivo numérico, mantendo-a nesse nível.

Qualquer exercício de especulação sobre as condições que precisarão ser preenchidas para que o BC se sinta suficientemente confortável para começar a reduzir os juros passa por entender se os atuais dirigentes da instituição estão dispostos, ou não, a seguir o arcabouço sugerido pelo economista sueco.

Leia o Boletim completo aqui.

 

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

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