Macroeconomia

PIB recua média anual de 1,2% por ano no período Dilma II/ Temer, queda sem precedentes em 120 anos

1 mar 2019

Com a divulgação dos dados das Contas Nacionais pelo IBGE, além dos dados do quarto trimestre de 2018 e do dado fechado do ano, também fechou o quadriênio (2015-2018) dos governos Dilma II e Temer.

Conforme pode ser observado no Gráfico 1, em média, o PIB recuou em termos reais 1,2% no período dos governos Dilma II e Temer (2015-18). Nos últimos 24 anos, portanto, seis quadriênios presidenciais (FHC I, FHC II, Lula I, Lula II, Dilma I e Dilma II / Temer), a taxa média real de crescimento do PIB foi de 2,3% ao ano.

Esse desempenho bastante negativo no último quadriênio foi em função de uma das piores (talvez a pior?) recessões da história do Brasil, fruto de erros de política econômica com a “Nova Matriz Econômica”, principalmente no governo Dilma I, já amplamente discutido e analisado nos últimos anos, inclusive no Blog do IBRE.

Segundo a série histórica das taxas reais de crescimento do PIB brasileiro do Ipeadata, com início em 1901, o biênio 2015-2016 foi o pior da história brasileira! Com exceção do período atual, a única vez em que o Brasil apresentou dois anos seguidos de taxa real de crescimento do PIB negativa foi em 1930 e 1931, logo após a Crise de 29. Em 1930 a queda foi de 2,1%, e, em 1931, o recuo foi de 3,3%. Ou seja, a queda do biênio 2015-2016 (-3,4% ao ano, em média) foi maior do que o recuo do biênio 1930-1931 (-2,7% a. a., em média).

E, além de uma recessão bem forte, a recuperação da economia tem sido bastante lenta e gradual. Conforme mostra o Gráfico 2, após dois anos de recuo do PIB (2015-16), houve um crescimento modesto em 2017-18.

O Gráfico 3 mostra a média móvel de quatro anos das taxas reais de crescimento do PIB desde 1904 até 2018, mostrando o dado de -1,2% do último quadriênio (2015-18). Por esse gráfico, pode-se observar quão severa foi a recessão, sem qualquer comparação com algo semelhante nos últimos 120 anos.


As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV. 

Comentários

Thales
Elson Rodrigues...
Muito bom ter essas informações!!

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