Serviços presenciais ditam ritmo da recuperação do emprego nas regiões brasileiras
Emprego mantém expansão no Brasil e Regiões. Serviços presenciais, importantes na recuperação do mercado de trabalho em 2021, aumentaram relevância em 2022, representando 82,4% da geração do emprego no período 2021.T3-2022.T3.
O ano de 2022 tem sido marcado por uma forte recuperação do mercado de trabalho brasileiro. Após quase dois anos da fase mais crítica da pandemia da Covid, a taxa de desemprego, que chegou a 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, recuou para 8,3% no trimestre móvel encerrado em outubro de 2022. Além disso, o emprego, que havia recuado 7,7% em 2020, já se encontra em sua máxima histórica. Esse bom desempenho vem surpreendendo os especialistas, pois o mercado de trabalho continuou apresentando melhoras expressivas no 2º e 3º trimestre deste ano, trazendo muitos indicadores para patamares similares aos de 2015.
Diante desse contexto, dois conjuntos de perguntas surgem. O primeiro estaria ligado aos fatores subjacentes a essa dinâmica do emprego. O que tem contribuído para essa performance recente? O segundo diz respeito às heterogeneidades regionais. Esse bom desempenho tem sido observado também nas regiões? Nesse texto buscamos caracterizar e elucidar parte dessas questões. O Gráfico 1 mostra a evolução da taxa de desemprego do Brasil e das cinco regiões.
Gráfico 1: Evolução da taxa de desemprego do Brasil e das regiões
Fonte: Elaboração FGV IBRE com base nos microdados da Pnad Contínua
A taxa de desemprego é considerada um dos principais indicadores do mercado de trabalho, funcionando como uma espécie de termômetro. Após seis anos situando-se na casa dos dois dígitos, a taxa de desemprego recuou para 8,7% no Brasil no terceiro trimestre deste ano[1]. Embora existam diferenças no nível da taxa de desemprego entre as regiões, o comportamento desse indicador vem seguindo um padrão similar, com todas as regiões apresentando reduções significativas desde o segundo trimestre de 2021.
Leia aqui o artigo completo na versão digital do Boletim Macro de dezembro/2022.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.
[1] Embora já estejam disponíveis dados para outubro de 2022 para o Brasil, na abertura regional, as informações obtidas a partir dos microdados da Pnad Contínua só estão disponíveis até o terceiro trimestre deste ano. Em função disso, toda a análise ficará restrita até esse último trimestre.
Comentários
Deixar Comentário