Evolução da PTF brasileira: duas medidas
Em artigo interessante recém publicado neste blog (dia 18/09), Bráulio Borges chama a atenção de que “a produtividade total dos fatores é maior do que se estimava e não caiu nos últimos anos”. Para isso utiliza a nova série de estoque de capital recém divulgada pelo IPEA.
Em nossos posts publicados nesse blog temos recorrentemente realçado esse mesmo fato já há algum tempo. De fato, o gráfico abaixo que está publicado no nosso post do dia 21 voltamos a chamar a atenção de que a PTF, após a recessão de 1981-83, cresceu até 1987.II cai até 1990 e cresceu desde o quarto trimestre de 1990 até 2011, caiu até o quarto trimestre de 2016 e cresceu daí em diante até o quarto trimestre de 2019 quando foi atingida pela pandemia.
Fonte: IBGE, PIB trimestral e CUNHA (2017), elaboração dos autores
Fonte: IBGE, PIB trimestral e CUNHA (2017), elaboração dos autores.
A coluna em vermelho determina o período de comparação com o Gráfico 4 abaixo.
Abaixo reproduzimos dois Gráficos publicados no post de Bráulio Borges visando compará-los com o nosso. Verifica-se que:
- nossa série registra mais momentos de queda que a série de Bráulio;
- no período mais recente (de 2012 até agora) a evolução da PTF do estudo do Bráulio não evolui de forma semelhante à nossa, tendo em vista que a nossa PTF caiu entre 2011 e 2016 e a dele não.
- Entretanto, de 2016 em diante a evolução é muito semelhante.
Um aspecto que deve ser realçado é que temos nossa própria tecnologia de cálculo de estoque de capital baseada no inventário perpétuo conforme metodologia publicada aqui.
Conforme pode ser visualizado no Gráfico 5 abaixo nossa série de estoque de capital é bem aderente à nova série do IPEA, com correlação de 0,78, embora a nossa série evolua de forma menos suave do que a série do IPEA.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.
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