O desempenho da economia brasileira tem sido sofrível no passado recente. Foi sempre assim? Os anos dourados existiram? Nesse texto procura-se examinar o passado recente até onde se conta com informações sobre a geração de renda e sobre a eficiência econômica desse passado.
Derrocada da economia brasileira está fortemente associada ao desempenho de indústrias de transformação e construção. Produtividade, com aumento de 20% entre 2001 e 2013, estagnou-se a partir de 2014. Serviços, que têm baixa produtividade, evoluem de forma semelhante ao PIB.
Crescimento recente da taxa de investimento no Brasil não deve ser motivo de ampla comemoração, pois parte relevante da alta deriva de três razões fortuitas, ligadas a preços relativos dos investimentos, plataformas de petróleo e veículos pesados (caminhões, tratores etc.)[1].
Estagflação é o retrato atual do Brasil: junta inflação de dois dígitos, quase 15 milhões de desempregados, e uma taxa prevista de crescimento pífia do PIB este ano (4,8%).
Com a recuperação do setor de serviços a partir de abril deste ano a economia deverá apresentar em 2021 uma diferença positiva, pouco acima do valor negativo observado em 2020