Livio Ribeiro

Pesquisador associado do FGV/IBRE e sócio da BRCG, especializado em China, economia internacional, países emergentes e setor externo brasileiro. Além disso, é consultor em macroeconomia e em avaliação de políticas públicas, com projetos tanto no Brasil como no exterior. Mestre em economia pela PUC-Rio, possui publicações nas áreas de comércio exterior, economia internacional, finanças públicas, economia do tabaco e relações sino-brasileiras.

 

Taxa de câmbio e diferencial de juros: indo além das visões parciais

A crença de que um aumento do diferencial de juros implica, necessariamente, uma apreciação da taxa de câmbio é uma visão parcial e ingênua do fenômeno de determinação da cotação da moeda. Extensões triviais do arcabouço da paridade descoberta da taxa de juros ou observações mais cuidadosas da relação entre a taxa de câmbio e os seus determinantes deixam claro que essa discussão vai muito além do diferencial de juros.

Enfim, substituição de importações

Durante o último triênio, nossa moeda depreciou de forma relevante. Tomando o período entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2021, a taxa de câmbio saiu de R$ 3,21/US$ para R$ 5,43/US$ - um enfraquecimento de aproximadamente 70%. Este resultado se mantém se avaliamos a taxa de câmbio real efetiva[1], ainda que a magnitude seja um pouco menor – no mesmo período, ocorreu enfraquecimento da ordem de 50%.

Precisamos falar sobre os mutuários

Dentre as inúmeras medidas anticíclicas implementadas no decorrer de 2020, a concessão de crédito subsidiado e a melhora das condições de liquidez ganharam destaque. Ainda que a expansão dos empréstimos tenha enfrentado uma série de contratempos e que a irrigação da economia tenha ocorrido de forma heterogênea, chegando com mais dificuldade aos pequenos tomadores, é forçoso reconhecer que estas medidas foram importantes para a manutenção de condições mínimas de produção e consumo por parte das empresas e famílias.

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