Livio Ribeiro

Pesquisador associado do FGV/IBRE e sócio da BRCG, especializado em China, economia internacional, países emergentes e setor externo brasileiro. Além disso, é consultor em macroeconomia e em avaliação de políticas públicas, com projetos tanto no Brasil como no exterior. Mestre em economia pela PUC-Rio, possui publicações nas áreas de comércio exterior, economia internacional, finanças públicas, economia do tabaco e relações sino-brasileiras.

 

Desce a cortina: o espetáculo argentino continua em instantes

Na seção “Em Foco” do Boletim Macro de jun/19, ressaltamos que a Argentina se manteria sob enorme pressão até (pelo menos) o fim deste ano, com forte possibilidade de políticas populistas em meio a uma campanha virulenta, pouco propositiva e que, no melhor cenário, não ajudaria a mitigar as grandes incertezas sobre o comportamento do país nos próximos anos.

Un tango más: a conjuntura econômico-eleitoral na Argentina

No dia 27 de outubro de 2019, a população argentina escolherá seus novos presidente e vice-presidente, e praticamente metade do Congresso (130 deputados e 24 senadores). Em várias províncias e na Cidade Autônoma de Buenos Aires, também serão eleitas autoridades executivas e legislativas. Eleições gerais não são eventos que costumam passar em branco, o que é particularmente verdadeiro nestes tempos tão polarizados: questões políticas, e não só as estritamente domésticas, têm contaminado a agenda econômica em todo o planeta.

China: riscos e desafios no “ano do Porco”

O ano de 2018 foi desafiador para a China: desaceleração do crescimento em meio a pressões externas, menor dinamismo interno e um sem número de medidas anticíclicas. Acreditamos que 2019 tende a ser menos intenso, ainda que possa evoluir de forma binária. No cenário central, os ventos externos se acalmam, as políticas já implementadas surtem efeito e a economia pousa suavemente. No cenário alternativo, os ventos externos pioram, o governo amplia os estímulos e consegue manter taxas de expansão relativamente elevadas, ao custo do aumento de desequilíbrios estruturais.

Corrida de gato e rato entre economia doméstica e reinflação americana

A piora de maio no mercado doméstico veio da conjunção de inúmeros fatores: greve dos caminhoneiros e demissão de Pedro Parente da Petrobras, com enorme demonstração de fragilidade do governo Temer; diversos gestores respeitados do mercado financeiro apostando que o país não irá arrumar o desequilíbrio fiscal em seguida às eleições; pesquisas eleitorais apontando as enormes dificuldades, naquele momento, de consolidação da candidatura de Geraldo Alckmin (fato revertido posteriormente); contágio de países emergentes – Argentina e Turquia – com crises claras de balanço de p

Economia chinesa: muita calma nesta hora

O humor do mercado em relação à China varia de tempos em tempos. Nas fases positivas, é lembrado como um país de forte crescimento, motor do comércio global, com grande capacidade de investimento, ascendente na cadeia global de valor e que possui um projeto organizado para aumentar a sua projeção externa de poder (econômico, político e cultural): um desafiante, cada vez mais real, à posição hegemônica americana.

A eleição chegou aos preços?

Desde o final de janeiro deste ano, ocorreu um importante enfraquecimento da taxa de câmbio, saindo de R$ 3,15/US$ para as cercanias de R$ 3,50/US$. Este movimento não foi distribuído de forma homogênea e ganhou renovada atenção nas últimas semanas: há pouco mais de um mês, a taxa de câmbio ainda se situava abaixo de R$ 3,30/US$. Tamanho movimento ressuscitou o interesse sobre o câmbio e motivou o (re)aparecimento de inúmeras teorias para explicá-lo.

A insustentável leveza do dólar

Causou espécie a declaração de Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, sobre a fraqueza do dólar americano feita no Fórum Econômico Mundial. Na letra fria, nada dramático – não haveria preocupação com o seu nível no curto prazo e uma moeda mais fraca tenderia a ser boa para as exportações (de tabela, para o crescimento). A médio prazo, no entanto, a força do dólar refletiria o próprio desempenho da economia americana e sua posição central como reserva de valor global.

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