Marcel Balassiano

Subsecretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação do Rio (SMDUE / SUBDEI) e pesquisador-licenciado do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Doutorando (FGV CPDOC), mestre em Economia Empresarial e Finanças (FGV EPGE), mestre em Administração (FGV EBAPE) e bacharel em Economia (FGV EPGE), trabalhou na área de Economia Aplicada do FGV IBRE entre 2013 e 2020 e foi analista macroeconômico na MCM Consultores (2011-12). 

Ciclos de afrouxamento monetário: 2011 e o atual

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a taxa Selic foi reduzida pela nona vez neste ciclo de afrouxamento, para 7,5%. Desde a primeira queda, em outubro do ano passado, a taxa básica de juros já recuou 675 pontos-base, e as expectativas são de outro recuo na reunião de dezembro, levando a taxa Selic para 7,0% no fim do ano.

É hora de discutir a privatização sem populismo e distorções

Nessa semana, o governo federal anunciou a entrada de 57 novos projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), distribuídos em diversos setores da economia, como aeroportos, rodovias, portos, energia elétrica e petróleo e gás. Com isso, o governo espera arrecadar R$ 44 bilhões (menos de um terço do déficit primário previsto só para esse ano, de R$ 159 bilhões).

Inflação é a grande notícia positiva da economia brasileira

No cenário econômico atual, com a crise política predominando, talvez a única notícia positiva é a inflação baixa, que vem permitindo ao Banco Central baixar os juros. Ilan Goldfajn assumiu a presidência da autoridade monetária em junho de 2016. Nessa época, a Selic estava em 14,25%, a inflação acumulada em 12 meses em 8,8%, e as expectativas desancoradas. Hoje, a Selic está em 10,25%, a inflação dos últimos 12 meses terminados em junho, em 3,0%, com as expectativas ancoradas novamente.

Uma recessão feita em casa

Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), a atual recessão brasileira começou no segundo trimestre de 2014. Depois de crescimento em 2014 (0,5%), houve uma contração, em termos reais, de 3,8%, e de 3,6% em 2015 e 2016, respectivamente. A última vez em que o país apresentou dois anos seguidos de crescimento real negativo do PIB foi em 1930 e 1931, logo após a Crise de 29, segundo a série histórica do Ipeadata. A queda, em termos reais, do biênio 2015-2016 foi de 3,7% ao ano, maior do que o recuo médio do biênio 1930-1931 (2,7% a. a., em média).

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