Matheus Rosa Ribeiro

Mestre em economia pela UFF. Analista da BRCG, com enfoque em finanças públicas. Anteriormente, FGV IBRE.

Encontro marcado até o fim da década: Pressão nas despesas e a implosão das instituições fiscais

Pressão sobre orçamento aumentou, com supressão de mecanismos de contenção da alta das despesas pós-2022. Cumprir Arcabouço Fiscal não basta. Sem ajustes na despesa, há enorme risco de implosão das instituições fiscais.

Introdução

Antecipação do primário aponta superávit no 1º tri pela primeira vez desde 2015, mas sob altos custos para a sociedade

Com base em dados obtidos no SIAFI, seguindo metodologia própria, estimou-se o Resultado Primário de março. Em nossa estimativa, o superávit primário no mês foi de R$ 2,8 bi, composto por um crescimento real[1] da Receita Líquida, de 22,1% em relação a março de 2020, e decréscimo real da Despesa Primária, de 3,1% em relação a março de 2020.

Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação apontam R$ 53,4 bi a receber com tributos postergados até o fim do ano

A trajetória da recuperação da arrecadação federal deverá ser condicionada por medidas de combate à Covid-19. Por um lado, o montante de tributos com data de pagamento adiada para o último trimestre, que totaliza R$ 53,4 bi, deve ser importante determinante da arrecadação, principalmente em outubro e novembro. Por outro, em menor medida e em direção contrária, os efeitos da redução das despesas do governo contra Covid-19 sobre a recuperação econômica também devem ter alguma influência.

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