Dando sequência ao post anterior, o gráfico abaixo apresenta minha estimativa para a variação anual da PTF brasileira entre 1997 e 2017. Como pode ser notado, mesmo tomando o cuidado de ajustar a População Ocupada pelo número de horas trabalhadas (algo que muitos estudos não fazem) e o estoque de capital pelo NUCI, o chamado “resíduo de Solow” ainda apresenta uma correlação bastante elevada com o crescimento do PIB efetivo (ou seja, um componente cíclico não desprezível). Isso pode ser explicado, em boa medida, por diversos tipos de rigidez nos mercados...
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Algumas considerações sobre produtividade e desenvolvimento (III): descontando impactos cíclicos e identificando determinantes estruturais da PTFBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/algumas-consideracoes-sobre-produtividade-e-desenvolvimento-iii-descontando-impactos-ciclicosThu, 05 Apr 2018 09:30 -0300node/312
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Leia os destaques de março da Revista Conjuntura EconômicaBlog do Ibrehttps://blogdoibre.fgv.br/posts/leia-os-destaques-de-marco-da-revista-conjuntura-economicaTue, 03 Apr 2018 15:00 -0300node/311
Boa parte do ano passado foi ocupada pelas discussões de se fazer uma reforma da Previdência, sem o que o país caminharia para uma situação de insolvência e a atividade econômica não teria espaço para se recuperar. Entramos em 2018 estimando que essa reforma não entraria na pauta de votações, o que se confirmou com a intervenção federal no Rio de Janeiro. Deixar esse debate para 2019 comprometerá bastante o trabalho do novo presidente, como mostra a Carta da Conjuntura.
Este mês, a revista ainda trata da agenda de produtividade, imprescindível para uma retomada...
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Os privilégios da Idade Média no Brasil de 2018Roberto Castello Brancohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/os-privilegios-da-idade-media-no-brasil-de-2018Mon, 02 Apr 2018 09:30 -0300node/310
Desde o século XV, os reis de Portugal passaram a editar leis que sustentavam o regime de desigualdades típico da Idade Média.
Conta-nos o historiador Jorge Caldeira que em 1521, aproveitando a invenção da tipografia, o rei D. Manuel editou as Ordenações Manuelinas, um conjunto de cinco livros em que eram descritas com detalhes a hierarquia e a desigualdade de direitos entre cidadãos[1]. A determinação do modo pelo qual uma pessoa podia ser presa se constituía em claro exemplo da hierarquia dos direitos.
Os nobres e...
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Os muitos programas brasileiros de incentivo a firmasPaulo Linshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/os-muitos-programas-brasileiros-de-incentivo-firmasThu, 29 Mar 2018 15:15 -0300node/309
No dia 9 de março, o IBRE realizou, conjuntamente com o Banco Mundial, um seminário para lançar e discutir dois relatórios elaborados pelo Banco, um sobre emprego, crescimento e produtividade e outro sobre emprego e as competências ensinadas aos jovens.
Inicialmente, dois representantes do Banco apresentaram cada um dos textos e, posteriormente, houve uma mesa de debates, na qual estavam presentes nomes de peso, como Fernando Veloso, João Manoel Pinho de Mello, Maria Silvia Bastos Marques e outros. Também presente na mesa de debates, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga...
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A fundamental reforma da remuneração dos servidoresNelson Barbosahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/fundamental-reforma-da-remuneracao-dos-servidoresWed, 28 Mar 2018 10:15 -0300node/308
Nesta semana apresentei as linhas gerais de uma proposta de reforma da remuneração dos servidores públicos na série de seminários "Reformas para Destravar o Brasil" da EESP/FGV. Esse tema não tem grande destaque no debate econômico como a reforma da Previdência, mas, na verdade, a folha de pagamento de ativos e inativos responde pelo maior gasto primário do Estado Brasileiro, quando consideramos União, Estados e municípios como um todo.
A remuneração dos servidores também será um tema de discussão inevitável em 2019, pois tudo indica que haverá...
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Algumas considerações sobre produtividade e desenvolvimento II: medindo a PTFBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/algumas-consideracoes-sobre-produtividade-e-desenvolvimento-ii-medindo-ptfTue, 27 Mar 2018 11:00 -0300node/307
Dando continuidade ao post anterior, passemos para uma discussão um pouco mais aprofundada sobre a mensuração da produtividade. Vou começar pelas produtividades do trabalho e do capital, que nada mais são do que a razão entre o PIB em volume e o número de horas trabalhadas e o estoque de capital sendo efetivamente utilizado.
É preciso, em primeiro lugar, tomar o cuidado de utilizar o PIB sem considerar os impostos sobre produtos líquidos de subsídios, conhecido como Valor Adicionado a Preços Básicos (VAPB) e que corresponde ao...
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Aumentar a competição é uma agenda inclusivaFernando Velosohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/aumentar-competicao-e-uma-agenda-inclusivaMon, 26 Mar 2018 09:30 -0300node/306
Na coluna passada (09-03-2018), comentei alguns aspectos de natureza mais geral do relatório recente do Banco Mundial sobre produtividade (“Emprego e Crescimento: A Agenda da Produtividade”). Neste artigo, vou discutir algumas questões mais específicas sobre políticas de aumento da produtividade no Brasil.
Embora o relatório apresente várias propostas, vou me concentrar aqui no diagnóstico. Pode parecer uma escolha um pouco paradoxal, já que muitos acham que o diagnóstico é conhecido. Minha avaliação, no entanto, é de que embora...
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O ajuste possível 5: Evolução e avaliação dos subsídiosManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-ajuste-possivel-5-evolucao-e-avaliacao-dos-subsidiosFri, 23 Mar 2018 13:15 -0300node/305
O Governo Federal iniciou uma importante mudança em parte das suas operações de crédito ao adotar a taxa de longo prazo (TLP) em substituição à TJLP. Essa mudança tem várias implicações para a política creditícia federal, pois essas taxas remuneram o fundo público que oferece o recurso para financiamento. Na prática, representam o custo de captação da agência pública que realiza a política creditícia.
A mudança para a TLP significa que alguns fundos públicos serão remunerados por esta nova taxa que será formada pela remuneração de uma NTN-B de 5...
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Algumas considerações sobre produtividade e desenvolvimento (parte I)Bráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/algumas-consideracoes-sobre-produtividade-e-desenvolvimento-parte-iWed, 21 Mar 2018 11:30 -0300node/304
O tema “produtividade” ganhou bastante destaque nas últimas semanas no debate econômico doméstico. Além da divulgação de um relatório da OCDE específico sobre o Brasil e de outro do Banco Mundial, também veio à tona excelente entrevista de Fernando Velloso à revista Conjuntura Econômica sobre esse tema.
Nesse contexto, meu objetivo na sequência de posts que se inicia com este é o de oferecer uma pequena contribuição a esse debate, levando em conta alguns estudos que já apresentei internamente no IBRE/FGV e que são um subproduto da agenda de...
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Reformas e o custo da estabilização: Para onde vai a curva de Phillips IIIJosé Márcio Camargohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/reformas-e-o-custo-da-estabilizacao-para-onde-vai-curva-de-phillips-iiiMon, 19 Mar 2018 10:30 -0300node/303
No documento anterior desta série, mostramos o efeito de um Banco Central crível sobre a relação entre inflação de serviços e desemprego. Mostramos que um Banco Central com credibilidade reduz a taxa de desemprego necessária para se obter a mesma taxa de inflação em aproximadamente 4,0 pontos de porcentagem. Ou, visto de outro ângulo, para a mesma taxa de desemprego, a taxa de inflação é aproximadamente 1,5 pontos de porcentagem menor, caso o Banco Central seja crível. Credibilidade faz diferença!
Além da maior credibilidade da autoridade...
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Leia a entrevista de Fernando Veloso para a revista Conjuntura Econômica de marçoSolange Monteirohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/leia-entrevista-de-fernando-veloso-para-revista-conjuntura-economica-de-marcoFri, 16 Mar 2018 12:45 -0300node/302
Desde a década de 1980, a produtividade brasileira tem crescido pouco, e as reformas que surgiram para reverter esse cenário têm sido sufocadas pela quantidade de velhas e novas barreiras que distorcem o ambiente de negócios no país. Fernando Veloso, pesquisador da FGV IBRE especialista no tema, defende a necessidade de se abrir caminho para que a alocação de recursos de empresas menos produtivas para as mais produtivas aconteça no Brasil.
Em entrevista à Conjuntura Econômica, Veloso afirma que esse esforço também precisa ser acompanhado do...
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Credibilidade e o custo da estabilização - a Curva de Phillips IIJosé Márcio Camargohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/credibilidade-e-o-custo-da-estabilizacao-curva-de-phillips-iiThu, 15 Mar 2018 14:15 -0300node/301
Este post dá sequência à série iniciada com artigo também publicado neste Blog. No sistema de metas para a inflação adotado no Brasil desde 1999, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define a meta para a inflação dos dois anos seguintes e o Banco Central do Brasil (BCB) tem a responsabilidade de atingi-la utilizando como instrumento a política monetária através da taxa de juros. Além disso, o CMN define também um intervalo dentro do qual é aceitável que a taxa de inflação possa se posicionar sem que seja considerado como não cumprimento do objetivo...
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R$ 700 bilhões de privatizações? O que realmente importaRoberto Castello Brancohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/r-700-bilhoes-de-privatizacoes-o-que-realmente-importaWed, 14 Mar 2018 12:00 -0300node/300
Recentemente, um economista propôs privatizar estatais, o que supostamente concorreria com R$ 700 bilhões para o abatimento da dívida pública federal. Uma das reações à proposta foi colocar em dúvida a viabilidade desse valor, já que análise baseada em critérios contábeis indicou que o montante estimado é exagerado.
O que há de menos relevante na discussão sobre privatização de empresas e concessões de infraestrutura é se vão gerar mais ou menos do que R$ 700 bilhões. O valor de empresas e concessões não é determinado por registros contábeis, mas sim por aquilo que o mercado está...
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A agenda da produtividade e do empregoFernando Velosohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/agenda-da-produtividade-e-do-empregoTue, 13 Mar 2018 10:15 -0300node/299
Esta semana o Banco Mundial divulgou dois relatórios importantes. O documento intitulado “Emprego e Crescimento: A Agenda da Produtividade” faz uma análise da evolução e dos determinantes da produtividade no Brasil, e conclui com um conjunto de sugestões de como o país poderia avançar nessa área. O segundo relatório (“Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude”) aborda o tema da qualificação dos trabalhadores brasileiros.
Desde o ano passado, o Banco Mundial tem produzido vários relatórios interessantes sobre o Brasil, alguns dos quais...
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Inflação e desemprego - a Curva de PhillipsJosé Márcio Camargohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/inflacao-e-desemprego-curva-de-phillipsMon, 12 Mar 2018 11:15 -0300node/298
Desde os anos cinquenta do século passado, economistas de diferentes escolas de pensamento concordam com a proposição de que, no curto prazo, existe uma relação inversa entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. Ou seja, quanto maior a taxa de desemprego menor a taxa de inflação e vice-versa. A esta relação dá-se o nome de curva de Phillips, em homenagem ao economista que a propôs pela primeira vez.
Esta ligação entre inflação e desemprego decorre do fato de que, quanto maior a taxa de desemprego, menos renda é gerada na economia, seja porque menos...
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A ciência e o crescimento econômico brasileiroBruno Ottonihttps://blogdoibre.fgv.br/posts/ciencia-e-o-crescimento-economico-brasileiroFri, 09 Mar 2018 08:00 -0300node/297
Na esfera do debate público predominam dois tipos de argumento, que são: (i) o opinativo e (ii) o científico. O primeiro tem natureza bastante abrangente. Pode tanto ser sincero quanto desonesto. Por um lado, em muitos casos o argumento opinativo parte de um observador bem-intencionado, que utiliza a lógica juntamente com alguns casos conhecidos, para extrair conclusões e propor soluções. Por outro lado, em inúmeros momentos, o argumento opinativo parte de um observador desonesto, pertencente a um determinado grupo de interesse, com o intuito principal de influenciar a...
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É provável que o debate da agenda fiscal fique para 2019Luiz Guilherme Schymurahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/e-provavel-que-o-debate-da-agenda-fiscal-fique-para-2019Thu, 08 Mar 2018 09:00 -0300node/296
O déficit primário do governo central de R$ 124,4 bilhões em 2017, quase R$ 35 bilhões inferior à meta de R$ 159 bilhões, foi uma surpresa. Quando analisado em detalhe, como realizado recentemente por Manoel Pires, pesquisador associado da FGV IBRE, o resultado primário do ano passado traz uma informação relevante e, até certo ponto, curiosa: apesar de a situação fiscal estrutural brasileira permanecer extremamente frágil, é possível que em 2018, ano da eleição presidencial, o tema das contas públicas não surja como uma questão de vida ou morte. Há vários sinais que...
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Trump e o aço: três visõesArmando Castelarhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/trump-e-o-aco-tres-visoesThu, 08 Mar 2018 08:00 -0300node/295
A decisão do governo americano de elevar o imposto de importação sobre as importações de aço e alumínio, anunciadas de surpresa pelo presidente Donald Trump em 1º de março, pode ser interpretada de pelo menos três formas distintas.
A primeira é que tudo não passa de um rompante de um presidente populista e despreparado, que não entende as repercussões de suas decisões. Ele acorda de mau humor, decide as coisas sem falar com ninguém e sai tweetando, buscando agradar seus eleitores e justificar seu discurso de “America first”. Nessa visão, Trump...
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Percepções diferentes da queda da inflaçãoMarcel Balassianohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/percepcoes-diferentes-da-queda-da-inflacaoWed, 07 Mar 2018 08:00 -0300node/294
Uma questão relevante é que a percepção da economia de uma maneira geral, e da inflação em particular, é diferente entre os diversos agentes. Por exemplo, as expectativas de inflação para o mercado (de acordo com dados de final do mês da mediana do boletim Focus da inflação para os próximos 12 meses) é diferente das expectativas para os consumidores (segundo a mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes do Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores do IBRE/FGV). No Gráfico 1, pode-se observar que a tendência das duas séries é...
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O ajuste possível 4: Despesas com pessoal, desajuste nas regras fiscais e corporativismo no setor públicoManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-ajuste-possivel-4-despesas-com-pessoal-desajuste-nas-regras-fiscais-e-corporativismo-noTue, 06 Mar 2018 11:00 -0300node/293
A despesa com pessoal, incluindo os inativos, representa 22% do total das despesas do Governo Federal e é o segundo item mais importante de despesa, respondendo por R$ 257 bilhões. Segundo estudo dos economistas Gobetti e Orair (2016)[1], considerando as três esferas de governo, a despesa com a folha chega a 14,5% do PIB.
Esse debate é, portanto, bastante relevante e tem duas grandes dimensões. A primeira se refere aos aspectos de controle financeiro da despesa com pessoal e sua repercussão nos indicadores fiscais diante da necessidade de ajuste...
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Consumo, inflação de serviços e hiato: as incógnitas de 2018Julio Merebhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/consumo-inflacao-de-servicos-e-hiato-incognitas-de-2018Mon, 05 Mar 2018 10:00 -0300node/292
No âmbito da atividade econômica, a principal surpresa no último trimestre do ano passado foi a acentuada desaceleração do consumo das famílias, trazendo dúvidas quanto ao seu ímpeto ao longo deste ano. Por um lado, à luz dos dados de curto prazo, é certo que os recursos do FGTS impulsionaram o consumo no segundo e no terceiro trimestres. Como destacado no Boletim Macro de novembro do ano passado, nossos modelos sugerem que os fundos sacados deram uma contribuição de quase 1 pp ao consumo no segundo trimestre de 2017, de modo que parte relevante da recuperação que se...
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Leia os destaques de fevereiro da Revista Conjuntura EconômicaBlog do Ibrehttps://blogdoibre.fgv.br/posts/leia-os-destaques-de-fevereiro-da-revista-conjuntura-economicaFri, 02 Mar 2018 08:45 -0300node/291
Há algum tempo, o Brasil era considerado a bola da vez com o boom da commodities, puxando o crescimento econômico para 7,5%, em 2010, no último ano do governo Lula. Passada a euforia, viramos um ponto fora da curva com a severa crise econômica e descontrole fiscal. Hoje, estamos até fora do gráfico. Essa triste realidade, agravada pelo assustador aumento da violência urbana – só em janeiro, o Rio de Janeiro teve 22 tiroteios por dia -, parece um túnel sem nenhuma luz à vista. Sair dessa sinuca de bico em que o país se enredou é algo bastante complexo. Muito tem se falado...
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R$ 700 bilhões em privatizações: factível?Bráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/r-700-bilhoes-em-privatizacoes-factivelThu, 01 Mar 2018 12:15 -0300node/290
Vou fazer uma breve pausa no debate sobre o tamanho do hiato do produto para falar de um outro assunto: a magnitude dos ativos governamentais brasileiros.
Esse assunto ganhou destaque recentemente em função de duas questões: i) a afirmação feita pelo economista Paulo Guedes, que assessora o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro, de que privatizaria e concederia diversos ativos governamentais no valor de R$ 700 bilhões, para abater a dívida pública; e ii) a discussão sobre uma proposta do economista Raul Velloso para reformar a previdência do setor público (RPPS), seguindo algo...
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Novo transporte coletivo: incorporar ou combater?Edmilson Varejão Netohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/novo-transporte-coletivo-incorporar-ou-combaterWed, 28 Feb 2018 16:45 -0300node/289
O Uber lançou na semana passada nova modalidade do seu serviço de transporte de passageiros, o Uber Express POOL. Essa modalidade tem como semelhança ao Uberpool o compartilhamento da corrida entre usuários. A diferença é que, enquanto na modalidade POOL a origem e destino são escolhidos pelo usuário, no Express POOL, após a escolha da origem e destino, o aplicativo determina pontos de embarque e desembarque próximos de forma a otimizar a corrida. É como se fosse um serviço de transporte coletivo com rotas e pontos de parada dinâmicos. De acordo com a empresa, a...
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Meirelles pode eliminar um ruído que ele mesmo criouNelson Barbosahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/meirelles-pode-eliminar-um-ruido-que-ele-mesmo-criouWed, 28 Feb 2018 09:45 -0300node/288
O governo lançou um pacote de 15 medidas para compensar a suspensão da reforma da previdência. A maioria das iniciativas já está em tramitação, estudo ou elaboração há algum tempo.
Não há nada de errado em relançar coisas importantes, até porque, em política econômica, a maioria dos avanços são incrementais, fruto de estudos e trabalho de várias equipes e administrações.
O minipacote do governo é bem-vindo e traz, como sua principal medida, a autonomia do Banco Central. Essa proposta, que tampouco é novidade, ainda...
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Ajuste fiscal continua a ser a agenda prioritáriaFernando Velosohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/ajuste-fiscal-continua-ser-agenda-prioritariaTue, 27 Feb 2018 16:30 -0300node/287
A intervenção federal no Rio de Janeiro decretou a suspensão, e provavelmente o abandono, da tentativa de reformar a previdência este ano por meio de emenda constitucional. No seu lugar, o governo propôs uma lista de 15 projetos, dos quais 12 já se encontram em tramitação no Congresso.
Apesar do mérito de vários projetos da lista, como argumentarei adiante, essa estratégia é equivocada. Embora a situação fiscal de curto prazo tenha melhorado, a dinâmica de médio e longo prazo continua muito preocupante.
De acordo com o...
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O ajuste possível 3: O debate sobre o salário mínimoManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-ajuste-possivel-3-o-debate-sobre-o-salario-minimoMon, 26 Feb 2018 14:15 -0300node/286
Dando continuidade ao debate fiscal, um elemento importante na determinação da dinâmica previdenciária, assistencial e trabalhista é a política de reajustes do salário mínimo, pois afeta aproximadamente 68% dos benefícios previdenciários, o que corresponde a R$ 275 bilhões, e indexa as políticas de emprego (abono e seguro desemprego) e os benefícios assistenciais da LOAS. A política do salário mínimo, portanto, afeta 30% de toda a despesa primária federal, ou R$ 383 bilhões. Segue desses valores, que um reajuste de 1% no salário mínimo custa em torno de R$ 3,8 bilhões....
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Implicações de um hiato entre -7% e -8%: parte IIIBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/implicacoes-de-um-hiato-entre-7-e-8-parte-iiiFri, 23 Feb 2018 11:30 -0300node/285
Nesta terceira parte da sequência de posts com a temática “implicações de um hiato entre -7% e -8%”, eu iria abordar a questão do juro neutro brasileiro. Não obstante, dado o elevado interesse despertado pela parte II (cenário inflacionário em 2018-2020), vou dedicar a postagem atual ainda àquele assunto, falando de juro neutro na próxima. Também prestarei esclarecimentos técnicos sobre alguns exercícios.
Alguns analistas me procuraram questionando a ideia básica que venho defendendo há algum tempo em vários posts neste blog, de que o hiato do...
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O ajuste possível 2: Alguns elementos para o debate sobre a previdênciaManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-ajuste-possivel-2-alguns-elementos-para-o-debate-sobre-previdenciaThu, 22 Feb 2018 11:30 -0300node/284
No meu texto anterior afirmei que alguns temas são extremamente importantes para o país e que devem ser objeto de debate na sociedade para a formação das prioridades do próximo governo a ser eleito. Vou iniciar pelo que acredito ser o item mais importante dessas reformas em função dos vários efeitos sobre a sociedade brasileira que é a reforma da previdência.
O primeiro aspecto é como a demografia afetará a nossa realidade econômica. O Brasil está passando por um acelerado processo de envelhecimento populacional. A Tabela 1 apresenta esse...
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A PEC do compromisso: flexibilidade com responsabilidadeNelson Barbosahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/pec-do-compromisso-flexibilidade-com-responsabilidadeWed, 21 Feb 2018 14:30 -0300node/283
Tudo indica que a intervenção federal no Rio de Janeiro enterrou de vez as chances de votar a reforma da previdência neste ano. Muito foi concedido para tentar aprovar uma versão desidratada da reforma. Muito mais foi gasto para ganhar votos. Se fizermos o balanço das coisas, a suspensão da proposta do governo provavelmente acabou saindo mais caro do que não fazer nada para os cofres públicos no curto prazo.
Uma das causas do fracasso do governo foi a inversão de prioridades fiscais após o golpe de 2016. Em vez de focar seus esforços e capital...
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