Daniel Duque

Daniel Duque é mestre em ciências econômicas na UFRJ e pesquisador do FGV IBRE, na área de Mercado de Trabalho.

Qual foi o impacto da pandemia sobre a oferta de trabalho?

Como se sabe, em grande parte a oferta de trabalho no Brasil, seguindo padrões do resto do mundo, se reduziu fortemente devido aos efeitos diretos da pandemia. Isto é, as pessoas, com medo de se contaminarem com coronavírus, preferiram ficar em casa a continuar a trabalhar ou procurar uma nova ocupação. Como se vê pelo Gráfico abaixo, o impacto observado levou a Taxa de Participação ao seu nível mais baixo da série histórica da PNAD Contínua, mais de 5 pontos percentuais abaixo de seu media ao longo do período.

Mercado de trabalho no Brasil ainda continua muito fragilizado: Uma análise a partir dos dados mensalizados da Pnad Contínua

Temos publicado mensalmente neste espaço, artigos falando sobre os severos impactos da pandemia do coronavírus que elevou de forma extraordinária a incerteza na economia, gerando grandes distorções no país, em especial no mercado de trabalho.

Decomposição mostra que impacto da pandemia influenciou a renda média positivamente

Em meio a crises econômicas, com altas da taxa de desemprego, aumento do número de trabalhadores procurando qualquer ocupação, com qualquer rendimento, a renda média tende a sofrer forte queda. Como se vê pelo gráfico abaixo, de fato o volume de ocupações no Brasil experimentou grande redução, e está atualmente em seu menor nível em toda série histórica da PNAD Contínua.

Auxílio emergencial para de crescer em agosto, e pobreza cai de novo; com redução do benefício a partir de setembro, porém, pobreza e desigualdade devem aumentar

Os microdados de agosto da PNAD Covid-19 foram divulgados nessa quarta-feira (23/09), permitindo uma análise detalhada das tendências recentes dos rendimentos da população brasileira naquele mês. Uma das variáveis mais importantes presente na pesquisa é, justamente, o auxílio emergencial, que tem tido grande papel para o alívio na renda de parte significativa dos trabalhadores informais, desempregados desalentados no período.

Por que a taxa de desemprego no Brasil não disparou mesmo com a pandemia do coronavírus? Uma análise a partir dos dados mensalizados da Pnad Contínua

Os eventos dos últimos meses associados à pandemia do coronavírus, elevou de forma extraordinária o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia gerando grandes distorções no país, em especial no mercado de trabalho.

Pandemia do coronavírus fragiliza o mercado de trabalho brasileiro

Recentemente, publicamos neste mesmo espaço, um texto falando dos severos impactos da pandemia do coronavírus no mercado de trabalho brasileiro que tem elevado de forma extraordinária a incerteza na economia, gerando grandes distorções no país, em especial no mercado de trabalho.[1] Faremos neste texto uma atualização destes impactos tomando como referência a recente divulgação dos dados da Pnad Contínua, por parte do IBGE, que agregada os principais indicadores de mercado de trabalho

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