Fernando de Holanda Barbosa Filho

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE) desde 2006. Formado na Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1998, com mestrado em Economia pela Escola da Pós-Graduação de Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE-FGV) em 2001 e pela New York University (NYU) em 2005 e PhD em Economia pela New York University (NYU) em 2006. Foi secretário Adjunto de Política Econômica em 2015. Seus trabalhos recentes focam em mercado de trabalho, produtividade, capital humano, desenvolvimento e crescimento econômico.

Com queda na margem, produtividade do trabalho se aproxima do nível anterior à pandemia

Após um salto expressivo no segundo trimestre de 2020, a produtividade por horas efetivas desacelerou nos trimestres seguintes. Apesar disso, no terceiro trimestre de 2021 esta medida ainda se encontrava 1,8% acima do nível pré-pandemia, assim como as demais métricas. 

Ocupações em ascensão e em declínio no Brasil

As ocupações que mais têm crescido no Brasil nos últimos anos são as relacionadas aos serviços, tais como “outros vendedores” (16,3% a.a.) e “vendedores de rua e postos de mercado” (11% a.a.). Embora “dirigentes de TI” e “especialistas em base de dados” estejam entre as dez que mais cresceram, ainda temos uma parcela muito pequena de trabalhadores em ocupações de TI.

Com queda na margem, produtividade do trabalho começa a se aproximar da trajetória anterior à pandemia

A recuperação do mercado de trabalho tem ocorrido por meio de ocupações informais e pela volta dos trabalhadores menos escolarizados. Isto contribui para que ocorra uma volta ao padrão de baixo crescimento da produtividade observado no período anterior à pandemia. 

O país do futuro e o casamento com a mediocridade

A economia brasileira encontra-se estagnada desde a década de oitenta. Com base nos dados do IBGE, após se expandir de forma sistemática a uma taxa de 7,1% ao ano entre 1950 e 1980, o PIB nacional cresceu entre 1980 e 2017 a uma taxa média de 2,2% ao ano. Entre 1950 e 1980 a renda per capita doméstica dobrava a cada 17 anos, com crescimento médio de 4,4% ao ano. Entre 1980 e 2017, a renda per capita expandiu-se a vergonhosos 0,7% ao ano, taxa pela qual levaria cerca de 100 anos para dobrar o PIB per capita.

Páginas

Subscrever Fernando de Holanda Barbosa Filho