Luiz Guilherme Schymura

Doutor em Economia pela EPGE da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ex-presidente da Anatel, hoje é o diretor do FGV IBRE.

É fundamental utilizar bem o grande ganho de receita pública que virá do setor extrativo até 2030

As receitas públicas associadas ao setor extrativo deverão ser 1,2 ponto porcentual (pp) do PIB maiores, ao ano, na média 2022-30, comparativamente à média 2011-20. Esse “windfall” tributário tem que ser bem empregado.

Em 2021, arrecadação bruta total da União chegou a 22,3% do PIB, bem acima da média de 2014-2019, de cerca de 21% do PIB, aproximando-se da média observada em 2011-12, de 22,4% do PIB.

Melhora fiscal é de curto prazo, e é preciso reorganização abrangente das finanças públicas

Cenário fiscal brasileiro é positivo no curto prazo, e sobressai em comparação internacional. Essa constatação pode criar leniência e levar a mudanças apenas improvisadas e casuísticas do atual arcabouço, o que seria um erro, já que cenário de médio prazo não é tão reluzente.

Mercado de trabalho: momento macro é desanimador, mas há toda uma agenda micro

Mercado de trabalho pós-pandemia volta ao padrão debilitado de 2016-2019, e desemprego não deve voltar a casa de um dígito nem mesmo em 2026. Mas há boa notícia em termos de escolarização da força de trabalho e agendas relevantes de “políticas ativas” e “soft skills”.

Visões de política monetária: Banco Central tem ano extremamente complexo pela frente

Diante de quadro econômico extremamente complexo, agravado por guerra Rússia-Ucrânia, BC tem ano difícil pela frente. Diferentes perspectivas no Ibre, de José Júlio Senna, especialista em política monetária, e do pesquisador Bráulio Borges, apontam dimensão do desafio do BC.

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