Luiz Guilherme Schymura

Doutor em Economia pela EPGE da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ex-presidente da Anatel, hoje é o diretor do FGV IBRE.

A morte de Floyd, a onda de levantes populares e a busca por um diagnóstico

O mundo inteiro chocou-se com o vídeo de oito minutos no qual o policial branco Derek Chauvin pressionou com o joelho o pescoço do cidadão negro George Floyd, ambos norte-americanos, até que este último morresse, em Minneapolis, a principal cidade do estado de Minnesota. O fato, ocorrido em 25 de maio, levou a uma onda gigantesca de protestos, que se iniciaram nos Estados Unidos, mas acabaram por se estender para os mais diversos países.

A pandemia deixará a economia mais vulnerável, mas não destruída

Com a eclosão da pandemia da Covid-19, o Brasil e o mundo vivem um problema de gravidade inaudita. Embora não deva se estender por mais de ano, o processo de disseminação do coronavírus traz muito sofrimento e tristeza. Vidas se perdem, famílias são desestruturadas e as condições de empregabilidade pioram brutalmente. Na economia, o impacto é dramático. Segundo as últimas previsões do FMI – que já soam otimistas – a economia global deve recuar 3% em 2020, enquanto o Brasil deve ter queda de 5,3% do PIB.

O desafio da inserção de trabalhadores informais em programa do governo

No fim de 2019, nem o mais pessimista dos brasileiros imaginava que o ano de 2020 seria tão difícil. Não se tinha nada de extremamente negativo no radar. O ano começou morno. O debate girava em torno de questões relativas ao processo democrático. Reformas econômicas estavam na pauta do dia. O desenrolar da disseminação do novo coronavírus era visto como um problema eminentemente asiático.

As divergências no IBRE sobre a estimativa do hiato do produto

O hiato do produto é uma variável macroeconômica não observável, mas de muita importância tanto para a política monetária quanto para a fiscal. O hiato é a diferença entre o PIB efetivo e o PIB potencial. Quando a economia está rodando abaixo da sua capacidade, como nos últimos anos no Brasil, o hiato é negativo, e produz pressões desinflacionárias.

O que explica as diferenças na trajetória da incerteza no mundo e no Brasil?

O Indicador de Incerteza Política e Econômica Global, produzido pelos economistas Nick Bloom, Scott Baker e Steven Davis, tem apresentado uma expressiva tendência de aumento nos últimos meses, sinalizando que a incerteza mundial está cada vez maior. Por outro lado, o Indicador de Incerteza Econômica-Brasil (IIE-Br), produzido pelo FGV IBRE, parece muito mais estável. Diversos questionamentos surgem a partir da comparação entre os indicadores, cujas trajetórias desde 2000 também diferem significativamente.

Incerteza recorde global e o difícil exercício das projeções

Na Carta do IBRE anterior, de outubro deste ano, foram abordados a fraca demanda global e o esgotamento dos instrumentos monetários e fiscais para reanimá-la. Nesta Carta, vai se tratar de outro tema cuja relação com a fraqueza de demanda é de retroalimentação, reforçando-a e por ela sendo reforçada: o elevado grau de incerteza que se abate sobre a economia global. 

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