Mayara Santiago

Mayara Santiago é formada em Economia pela PUC-Rio e mestranda em Economia pela FGV EPGE. Atualmente atua como pesquisadora na área macroeconômica da FGV IBRE.    

Setor de serviços deve ter o pior desempenho anual da série histórica

A crise mundial iniciada em 2020 por conta da pandemia da Covid-19, além de assolar milhões de pessoas em termos de contágio e inserção, agravou o quadro de vulnerabilidade social e provocou mudanças profundas na economia. Alguns hábitos adquiridos com a realidade trazida pelo Sars-Cov-2 possivelmente ainda irão acompanhar o dia a dia de muitas pessoas por algum tempo, mesmo com a chegada iminente da vacina.

PIB do 2º trimestre e as atualizações para o cenário prospectivo

O ano de 2020 será lembrado pela pandemia do novo coronavírus, que vem deixando marcas não apenas na esfera sanitária, mas também nas esferas social e econômica. Evidência disso pôde ser vista com a divulgação pelo IBGE dos dados das Contas Nacionais Trimestrais, que apontaram neste segundo trimestre quedas recordes em diversas atividades.

Investimento deve registrar o pior desempenho trimestral em pelo menos 25 anos

A crise atual atinge em cheio a já combalida demanda interna privada nacional. Tanto o consumo das famílias quanto o investimento não haviam ainda recuperado as perdas ocorridas durante a última recessão quando o coronavírus chegou no Brasil. A situação é muito mais crítica quando se trata do cenário para o investimento, que, mesmo antes da pandemia, encontrava-se 23,5% abaixo do nível registrado no início de 2014.

Indústria de transformação: a maior queda da história

Em abril, mês em que a paralisação das unidades produtivas se intensificou, a indústria brasileira medida pela PIM-PF teve o pior desempenho de toda a série histórica. A queda foi de -18,8%[1] para o total da indústria e de -23% para a transformação, marcando assim o pior desempenho do setor desde o início da série histórica.

Crise econômica na Argentina tirou 0,2 p.p. do PIB brasileiro em 2018 e pode tirar 0,5 p.p. neste ano

Desde meados do ano passado, a economia argentina enfrenta graves dificuldades. A partir do segundo trimestre de 2018, o cenário internacional tornou-se mais desafiador: houve piora das condições financeiras globais, normalização da política monetária no mundo, piora das condições de liquidez internacional, fortalecimento do dólar e consequente perda de apetite pelo risco de emergentes.

Choque na indústria extrativa mineral e safra ruim podem tirar 0.4 p.p. do PIB no segundo trimestre

Os motivos do frágil e lento processo de recuperação da economia brasileira no pós-recessão tem sido o principal tema de debate entre os economistas. De acordo com as nossas projeções, o PIB deve crescer apenas 1.1% pelo terceiro ano consecutivo. Algumas hipóteses complementares ajudam a explicar esse crescimento muito aquém do desejado, como a incerteza elevada, a necessidade contenção dos gastos públicos, falta de atratividade do investimento e choques negativos de oferta.

Impacto da redução da produção da Vale sobre a atividade econômica

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, gerou impactos imensuráveis sobre a vida humana e ambiental, e os prejuízos provocados ficarão marcados na história do país. Além disso, a tragédia também implicará em perdas econômicas, uma vez que a empresa anunciou uma redução da produção de minério de ferro na ordem de 92,8 milhões de toneladas por ano, volume equivalente a 23,2% das 400 milhões de toneladas previstas para serem produzidas em 2019 antes do desastre.

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