Muito se tem discutido sobre a capacidade de recuperação da economia brasileira em 2017, após dois longos e árduos anos de profunda recessão. Vários analistas têm alegado que, em face de tamanha capacidade ociosa, o potencial de recuperação da economia brasileira deveria ser bastante elevado, o que levou alguns deles a projetar em meados do ano passado um crescimento de até 2% para 2017. Após a frustração com o PIB do terceiro trimestre de 2016, contudo, a mediana das projeções do FOCUS já recuou para patamares bem mais modestos, encontrando-se hoje em 0,5%. O IBRE/FGV,...
Blog do IBRE RSS
-
A recuperação factívelJulio Merebhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/recuperacao-factivelWed, 05 Apr 2017 12:00:00 -0300node/90
-
Inflação: desta vez é diferente?Salomão Quadros (In Memoriam)https://blogdoibre.fgv.br/posts/inflacao-desta-vez-e-diferenteMon, 03 Apr 2017 12:00:00 -0300node/89
Na primeira metade dos anos 1980, a economia americana ingressou no período conhecido como a Grande Moderação. PIB estável, baixa inflação, alongamento do ciclo econômico e maior previsibilidade fizeram desta fase o paraíso dos banqueiros centrais. A década e meia anterior, em contraste, é chamada de a Grande Inflação. O índice de preços ao consumidor, que começou os anos 1970 em torno de 6%, alcançou 12% no fim de 1974. Após refluir nos dois anos seguintes, sobreveio nova pressão, que empurrou a alta de preços para 14,5% em março de 1980.
...
-
O novo pacote ferroviário europeuArmando Castelarhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/o-novo-pacote-ferroviario-europeuFri, 31 Mar 2017 12:00:00 -0300node/88
Durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-14), o governo promoveu várias mudanças no setor ferroviário brasileiro. Além da tentativa de instalar o Trem de Alta Velocidade (TAV) no país, o foco das reformas foi a estrutura vertical do setor. Em especial, o governo buscou, através de Resoluções da ANTT e de mudanças na legislação, alterar a forma em que o setor funcionava desde a privatização da RFFSA, para criar competição entre os operadores de transporte ferroviário[1].
Para isso, precisava abrir o acesso à infraestrutura...
-
Política fiscal: Quando o curto prazo se encontra com o longoManoel Pireshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/politica-fiscal-quando-o-curto-prazo-se-encontra-com-o-longoWed, 29 Mar 2017 12:30:00 -0300node/87
O resultado primário para o Governo Federal em 2016 foi anunciado no final de janeiro, totalizando um déficit de R$ 155,8 bilhões, ante uma meta estimada em R$ 170 bilhões. Para 2017, a meta é de um déficit de R$ 139 bilhões. A magnitude do esforço fiscal deverá provocar uma mudança de enfoque na política fiscal, substituindo o longo prazo e o gradualismo para uma discussão cada vez mais concentrada no curto prazo.
A meta DE 2017 é desafiadora, em primeiro lugar, porque o quadro econômico aponta mais para uma estabilização da queda da atividade...
-
Recessão longa e dolorosa. Será que estamos saindo dela?Silvia Matoshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/recessao-longa-e-dolorosa-sera-que-estamos-saindo-delaWed, 29 Mar 2017 12:00:00 -0300node/86
A divulgação do PIB do último trimestre de 2016, no dia 7 de março de 2017, confirmou as previsões do IBRE que a atual recessão é uma das mais severas de nossa história, de acordo com o Comitê de Datação de Ciclos (CODACE).
Desde 1980 o Brasil passou por três recessões longas (entre nove e 11 trimestres de duração em média), com contração do PIB entre 8% e 9%. Na atual recessão, a perda de PIB será da ordem de 9%, segundo estimativas do IBRE. Se isso se confirmar, a perda será superior às das duas recessões longas dos anos 80 e início dos anos...
-
Como reduzir o juro estrutural no Brasil: o caminho das pedrasBráulio Borgeshttps://blogdoibre.fgv.br/posts/como-reduzir-o-juro-estrutural-no-brasil-o-caminho-das-pedrasTue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/85
Ainda que os diversos avanços em termos de fundamentos macro e microeconômicos observados nas últimas duas décadas e meia tenham gerado uma queda expressiva do patamar de juro real da economia brasileira – de cerca de 20% ao ano em 1995-1998 (período de câmbio semifixo) para perto de 11% a.a. em 1999-2008 e para 5% a.a. em 2009-2016, sempre em termos de Selic real –, o Brasil segue despontando como um dos primeiros no ranking de juros básicos reais mais elevados em uma ampla comparação internacional.
Para se ter uma ideia, no período pós-crise...
-
Repartição Versus CapitalizaçãoFernando de Holanda Barbosa Filhohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/reparticao-versus-capitalizacaoTue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/84
A previdência brasileira funciona em um sistema de repartição, no qual os trabalhadores contribuem para o pagamento dos aposentados. Devido ao envelhecimento populacional, o atual sistema não se sustenta e demanda reformas urgentes, como a proposta pelo governo. Entretanto, a reforma não solucionará todos os problemas. Primeiramente, como é praxe nos processos democráticos, a reforma proposta sofrerá alterações, reduzindo as “correções” propostas e, desta forma, diminuindo seu alcance. Em segundo lugar, assim como ocorre no resto do mundo, o processo de envelhecimento...
-
Qual será a meta de inflação de 2019?José Júlio Sennahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/qual-sera-meta-de-inflacao-de-2019Tue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/83
O Banco Central do Brasil (BCB) puxou a discussão. Até o final do próximo mês de junho é o prazo de que dispõe o Conselho Monetário Nacional (CMN) para definir a meta de inflação para o ano de 2019. Disso os economistas e profissionais de mercado sabiam. O que ainda não estava claro era se o BCB estaria ou não disposto a definir um novo objetivo de crescimento dos preços. O Banco Central avisou que sim. Esclareceu que a discussão está na mesa.
Por certo não se encontra em debate a possibilidade de reduzir a meta de inflação para 3,0%, por...
-
Acordos comerciais: uma nova agenda para o Brasil?Lia Baker Valls Pereirahttps://blogdoibre.fgv.br/posts/acordos-comerciais-uma-nova-agenda-para-o-brasilTue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/82
Em junho de 2015, foi lançado o Plano Nacional de Exportações, em que acordos comerciais eram apresentados como instrumento para alavancar o crescimento das vendas externas brasileiras. A paralisia das negociações na Organização Mundial de Comércio, o anúncio das negociações dos mega-acordos (Transpacífico e Transatântico) liderados pelos Estados Unidos e a perda de participação das manufaturas brasileiras nas exportações motivaram o lançamento desse plano que foi apoiado pelos setores empresariais. Os mega-acordos eram vistos como ameaça e, logo, a resposta era “entrar...
-
Política fiscal nos bons e maus temposJulio Merebhttps://blogdoibre.fgv.br/posts/politica-fiscal-nos-bons-e-maus-temposTue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/77
Um tema bastante acalorado no ambiente acadêmico atual se refere à capacidade da política fiscal de estimular a economia. Tecnicamente, a literatura econômica resume este potencial de estímulo no conceito de “multiplicador fiscal”, termo tomado emprestado de Keynes. Ele nada mais é que a variação em reais (R$) de alguma variável de atividade econômica (tipicamente o PIB) à adição de R$ 1,00 dos gastos do governo. crição dos acordos.
... -
Não existem atalhos para o desenvolvimentoFernando Velosohttps://blogdoibre.fgv.br/posts/nao-existem-atalhos-para-o-desenvolvimentoTue, 28 Mar 2017 00:00:00 -0300node/75
Uma ideia que tem tido papel central nas políticas adotadas no Brasil desde o pós-guerra é a de que existem atalhos para o desenvolvimento. Em particular, o caminho para a elevação da produtividade seria a adoção de incentivos e mecanismos de proteção para setores específicos.
Esse diagnóstico fundamentou a política de substituição de importações entre 1950 e 1980 e, recentemente, as políticas industriais implantadas sob a Nova Matriz Econômica.
A crise atual reflete em boa medida os efeitos desastrosos dessas políticas sobre a produtividade e o equilíbrio...
Páginas
