Ana Maria Castelo

Mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP), onde também atuou como pesquisadora. Desde 2010 é coordenadora de Projetos da Construção na Fundação Getulio Vargas/IBRE onde comanda e desenvolve estudos e análises setoriais. Também é coeditora da Revista Conjuntura da Construção, publicação trimestral conjunta do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da FGV. É responsável pela divulgação do INCC-M e da Sondagem da Construção da FGV. É professora da disciplina Economia da Construção no curso de MBA da Construção da FGV.

Confiança da Cadeia da Construção mostra piora da percepção sobre o futuro

Entre os setores da cadeia, comércio e a indústria de materiais lideraram a piora da percepção corrente dos negócios no mês. As vendas de materiais de construção ainda se mantêm acima do patamar pré-pandemia, mas já acumula queda na comparação com dezembro do ano passado.

Sobe a inflação da construção: orçamentos x índices setoriais

Em setembro do ano passado, a Sondagem da Construção do FGV IBRE indicava que a situação corrente dos negócios já havia retornado ao patamar anterior ao início da pandemia. Entre as limitações à melhoria dos negócios, a demanda insuficiente ainda figurava como o principal quesito. No entanto, desde abril, o percentual de empresas apontando o item havia diminuído 18 pontos. Em contrapartida, de agosto para setembro de 2020, houve um salto das assinalações no quesito custo da matéria-prima, que passou de 7,3% para 15,1%.

A retração do investimento público

Sabe-se que a redução dos investimentos públicos contribuiu fortemente para o ciclo de declínio da construção (de 2014 a 2018). Houve uma conjunção de fatos negativos como o fim das obras relacionadas à Copa do Mundo e Olimpíadas, que veio se somar aos impactos da operação Lava a Jato e ao agravamento da situação fiscal em grande parte dos municípios, dos estados e na União.

A recuperação surpreendente da construção

O PIB do segundo trimestre mostrou o impacto negativo da COVID na atividade econômica. Poucos setores surpreenderam positivamente, mas de certa forma, a construção foi um deles.

Parece um paradoxo dizer que a que a retração de 5,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2020 tenha sido surpresa positiva, então melhor dizer que foi menos ruim que o esperado.

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