Anna Carolina Gouveia

Mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e bacharel em Economia pela Universidade Federal Fluminense”. Atualmente é Auxiliar Técnico em Pesquisas Econômicas na Superintendência Adjunta para Ciclos Econômicos (FGV IBRE).  

Incertezas políticas e fiscais: coadjuvantes importantes da incerteza brasileira em 2020

Com a chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil, os níveis de incerteza econômica subiram assombrosamente, alcançando recordes históricos no país e, ao menos temporariamente, o topo do ranking de incerteza mundial[1]. O rápido avanço do indicador já partira, em fevereiro, de níveis historicamente altos, que vigoraram desde 2015.

Incerteza diária: mapeando as flutuações da incerteza no Brasil

Com a eclosão da pandemia de covid-19, o nível de incerteza econômica chegou a níveis assustadoramente altos e inéditos no Brasil.  Desde então os cenários econômicos e sociais vêm se modificando continuamente, tornando ainda mais importante que de costume o monitoramento de indicadores econômicos tempestivos e de em alta frequência.

A difícil retomada após tombo: uma lupa sobre o Setor de Serviços durante a pandemia de covid-19

Logo no início da pandemia de covid-19, Peter Atwater, consultor e professor adjunto da Universidade de Delaware, tornou popular nos EUA a noção de recuperação “em formato de K”, ao prever que seu impacto seria heterogêneo entre segmentos da economia, com alguns saindo rápido da crise e outros ficando para trás.

Incerteza subiu no mundo todo, mas a que enfrentamos no Brasil é a maior

O aumento da incerteza no Brasil após a chegada da pandemia de Covid-19 foi um fenômeno percebido por todos e captado estatisticamente pelo Indicador de Incerteza (IIE-Br) do FGV IBRE, que chegou a níveis estratosféricos já em março, como comentado neste artigo, tendo subido ainda mais em abril.

Incerteza em nível estratosférico em tempos de Covid-19

O Indicador de Incerteza Brasil da FGV (IIE-BR) cresceu fortemente em março, refletindo o impacto da chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil. Com alta de 52 pontos, o indicador chegou aos 167,1 pontos, batendo com folga dois recordes históricos: o de maior nível da série e o de maior alta mensal. O gráfico abaixo evidencia a atipicidade do resultado.

Construção teve papel importante na crise. Mas pode ajudar daqui para a frente

A recessão de 2014-2016 terminou há mais de dois anos, mas a economia continua devagar, quase parando. Depois de perder 9,9% entre o pico de fevereiro de 2014 e o vale de outubro de 2016, a economia cresceu apenas 4% até janeiro de 2019, segundo dados do Monitor Mensal do PIB da FGV[1]. Somadas as fases de recessão e recuperação até aqui – 59 meses após o pico da economia –, pode-se considerar um dos piores ciclos da história brasileira.

Páginas

Subscrever Anna Carolina Gouveia