José Júlio Senna

José Júlio Senna é Ph.D. em Economia pela The Johns Hopkins University (1975). Foi professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE/FGV) nas décadas de 1970/80. Diretor executivo de instituições financeiras nos anos 80 e 90. Diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco Central (1985). Foi sócio-diretor da MCM Consultores Associados de 1999 a 2012. Membro do conselho diretor da FGV de 1997 a 2012. Desde 2013 chefia o Centro de Estudos Monetários do FGV/IBRE. Dentre outros livros, é autor de Política Monetária – Ideias, Experiências e Evolução (Editora FGV, 2010) e Os Parceiros do Rei (Topbooks, 1995).

Sucesso no combate à inflação não depende apenas da firmeza das ações do Banco Central

Em 2015-2017, o BC teve sucesso em trazer uma inflação de mais de 10,0% a.a. para menos de 3,0%. Agora, desde 2021, é grande o empenho para repetir a proeza. Mas são muitos os obstáculos. Sucesso nesse campo não depende apenas da firmeza das ações de política monetária.

A “inflação da pandemia” nos EUA e o risco de desancoragem das expectativas

“Inflação da pandemia” nos EUA combina gargalos na produção e distribuição de bens com desvio da demanda das famílias, de serviços para bens. Difícil prever o fim dessa pressão, cuja persistência poderia desancorar expectativas, causando alta dos juros reais internacionais.  

É chegada a hora de ajustar a Selic

Introdução

Inexiste regra para as autoridades monetárias de determinado país promoverem ajuste na taxa básica de juros da economia. Sabemos, porém, que, dependendo das circunstâncias, eventual demora em reduzir os juros de política monetária pode custar caro em termos de prejuízos à atividade econômica. Na direção contrária, eventual demora em agir pode acarretar alta indevida da inflação, algo igualmente custoso.

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