Nelson Barbosa

Professor Titular da EESP/FGV, Professor Adjunto da UnB e Pesquisador do IBRE/FGV. Foi Ministro da Fazenda e do Planejamento (Governo Dilma).

Analisando a reforma da Previdência: pensões

A Câmara dos Deputados aprovou a reforma da previdência em primeiro turno. Houve modificações importantes em relação à proposta inicial do governo, mas ainda falta a votação de 2º turno e a análise do Senado, que pode incluir outras modificações.

Tudo indica que a proposta final de reforma será aprovada até outubro e, nesse momento, retomo minha série sobre as mudanças em discussão, com foco na questão das pensões.

Analisando a reforma da Previdência: Tempo de contribuição e valor do benefício

Meu quinto texto sobre a reforma da previdência é sobre a relação entre tempo de contribuição e valor da aposentadoria. Trata-se de tema central da proposta do governo, mas que pode ser resumido mais facilmente do que os assuntos que abordei anteriormente. Como os leitores verão, acho que o governo foi na direção certa neste quesito, mas ainda assim é preciso fazer grandes ajustes no texto da PEC 06-19 para aperfeiçoar tanto o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), quanto o Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS)

Analisando a reforma da Previdência: Idade mínima

A proposta de reforma da previdência do governo acaba com a aposentadoria por tempo de serviço. Haverá somente aposentadoria por idade mínima, com regras de transição para quem já está no mercado de trabalho. Para facilitar a análise, este texto analisará somente a idade mínima no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), deixando considerações mais detalhadas sobre tempo de contribuição e valor da aposentadoria para outro momento.

A adoção da idade mínima envolve várias questões, como, por exemplo:

Analisando a reforma da Previdência: Capitalização

Meu terceiro texto sobre reforma da Previdência aborda tema que já mencionei várias vezes em artigos de jornal[1] e redes sociais: a mudança do sistema de aposentadorias, de repartição para capitalização.

O assunto foi objeto de várias análises por especialistas e não especialistas, mas vale a pena recapitular os principais pontos da proposta do governo e explicar por que ela não deve ser adotada.

Analisando a reforma da Previdência: Desconstitucionalização

A proposta do governo Bolsonaro para reformar a Previdência inclui a desconstitucionalização de vários assuntos, remetendo a decisão do governo (Executivo e Legislativo) para leis específicas. Essa mudança gerou grande debate, pois alguns temas são considerados cláusulas pétreas da Constituição de 1988 e, portanto, só poderiam ser modificados via nova assembleia constituinte, não por proposta de emenda constitucional (PEC).

Analisando a reforma da Previdência: o novo abono salarial

Retorno à reforma da Previdência, para analisar um dos pontos da PEC (proposta de emenda constitucional do governo). Como apontei em texto anterior, dividir a discussão em 12 grandes temas pode tornar o debate menos difícil. Meu primeiro tema é a mudança proposta para o abono salarial, porque tenho opinião diferente tanto do governo quanto da oposição neste assunto. Em outras palavras, apanharei dos dois lados, mas vamos em frente.

Analisando a reforma da Previdência: uma PEC, várias reformas

O governo Bolsonaro apresentou sua PEC (proposta de emenda constitucional) para mudar as regras da Previdência e outros assuntos. Batizada de PEC 06/19 na Câmara dos Deputados, a proposta do governo é a maior mudança estrutural em questões fiscais desde a Constituição Federal de 1988.

Em linhas gerais a reforma da Previdência é necessária por dois motivos principais: demografia e justiça.

A sanfona fiscal brasileira

O Tesouro divulgou os dados completos da execução fiscal de 2018. Com isso, podemos ter uma visão conclusiva da evolução do gasto primário da União durante o período Dilma-Temer.

Já apontei em um post anterior que a maior parte da redução do gasto discricionário realizada em 2015-18 ocorreu em 2015, durante o governo Dilma. Essa redução teve por objetivo compensar a grande expansão fiscal de 2014. Os dados mais recentes confirmaram essa conclusão.

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