Bruno Ottoni

Pesquisador do IDados e do FGV IBRE. Formou-se em Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez mestrado e doutorado em Economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pesquisa na área de Microeconomia Aplicada com ênfase em Economia do Trabalho.

A série nova de emprego formal do CAGED não deve ser comparada com a antiga

Neste texto quero chamar atenção para uma prática que considero errada e que vem sendo adotada pelo Ministério da Economia no que tange a divulgação dos dados mensais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). A prática consiste em comparar os dados da nova série do CAGED, iniciada em janeiro de 2020, com os números da série antiga, que se encerrou em dezembro de 2019. Esse tipo de comparação pôde ser vista, por exemplo, na última divulgação do CAGED, que trouxe os dados de janeiro de 2021.

Boa notícia: O final de 2019 marcou a volta do emprego formal e de qualidade

No quarto e último trimestre de 2019, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxeram uma surpresa positiva. É que, desde a retomada da economia, iniciada em 2017, a geração de vagas no mercado de trabalho brasileiro vinha sendo puxada, principalmente, pelos postos informais.

Previdência: esqueça o déficit, o melhor é olhar para o gasto

A Reforma da Previdência é a atual meta prioritária do governo do presidente Bolsonaro, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Diante dessa agenda, no entanto, há um intenso debate sobre o chamado “déficit da previdência”, que, enquanto muitos defendem que existe e é crescente, outros afirmam que, considerando outras receitas vinculadas ao Orçamento de Seguridade Social e Saúde, o sistema só teria se tornado deficitário recentemente, devido à perda de receitas causada pela crise econômica.

É justo o rico se aposentar antes do pobre?

Um tema bastante polêmico, envolvendo a reforma da previdência, é o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria. Os críticos dessa medida argumentam que a criação de uma idade mínima de aposentadoria representa uma grande injustiça com os pobres – que já enfrentam muitas dificuldades ao longo da vida laboral – dado que obriga esta parcela mais vulnerável da população a se aposentar muito tarde.

Proporção de intermitentes e parciais: melhor esperar até que números fiquem menos voláteis

Passados um ano e dois meses da reforma trabalhista, voltamos a analisar a proporção de trabalhadores intermitentes e parciais em relação ao total do CAGED. Nossa motivação inicial para fazer esse acompanhamento foi reportagem da revista Carta Capital que, a nosso ver, exagerou a verdadeira relevância dos novos contratos trabalhistas.

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