Bráulio Borges

Graduado em Economia e mestre em Teoria Econômica pela FEA-USP, recebeu o Prêmio Tesouro Nacional pela sua dissertação de mestrado em Finanças Públicas. Atuou no departamento econômico da Telefónica e foi professor de Macroeconomia na Pós-Graduação da GVLaw. Atualmente é economista-sênior da área de Macroeconomia da LCA e pesquisador-associado do FGV IBRE.

Intervalo de metas de inflação deve ser utilizado na “chegada” ou na “largada”?

Este post reflete um debate interno realizado no IBRE nas últimas semanas, sobre como o BCB deveria reagir ao choque cambial recente – choque esse que resulta tanto de um fortalecimento global do dólar norte-americano como de uma piora relativa da aversão ao risco brasileira (refletindo, por sua vez, as incertezas associadas ao processo político-eleitoral doméstico) e contra o qual não há muito o que fazer, com a política de oferta de swaps cambiais e eventual venda de reservas apenas servindo para reduzir a volatilidade e evitar distorções nos funcionam

Como o BC deve reagir ao choque cambial?

Bem, o próprio BCB já disse como, na ata da última reunião de política monetária. Vale notar que essa ata foi relativamente incomum, ao não refletir somente a discussão interna do Copom nos dois dias de reunião de maio (15 e 16): em vários momentos do documento, divulgado no dia 22, a autoridade monetária se defende de críticas que emergiram depois da decisão sobre o juro básico (que foi revelada na noite do dia 16).

Excesso de oferta vs falta de demanda: considerações sobre o transporte de cargas no Brasil

Tem sido alvo de intenso debate dentre os analistas os possíveis motivos que levaram à greve/locaute dos caminhoneiros. Meu intuito com este post é o de trazer à tona alguns indicadores quantitativos para informar melhor esse debate, já que muitas hipóteses têm sido levantadas, mas poucos dados concretos têm sido apresentados.

Estimando a Selic neutra brasileira – parte I

O título deste post é autoexplicativo. A ideia é transmitir aos leitores deste blog os resultados de um exercício no qual venho trabalhando há algum tempo.

A sequência mais lógica envolveria apresentar alguns detalhes técnicos desse exercício e, logo em seguida, as estimativas da Selic neutra, bem como as várias implicações desses resultados. Mas eu resolvi começar por um subproduto deste exercício.

Conciliando sustentabilidade fiscal e desenvolvimento inclusivo

Já faz algum tempo que o conceito de PIB, “uma das maiores invenções do século XX”, vem sendo questionado, em diversos aspectos. Ele não daria conta de captar correta e tempestivamente muitos dos avanços tecnológicos recentes (e isso explicaria ao menos parte da desaceleração dos ganhos medidos de produtividade nas economias centrais nas últimas duas décadas).

Algumas considerações sobre produtividade e desenvolvimento (IV): impactos estimados de algumas reformas

Como apontei ao final do post anterior, o trabalho que desenvolvi apontou como determinantes da PTF tendencial brasileira as seguintes variáveis: i) alíquota média de importação; ii) gasto com P&D, em % do PIB; iii) percentual da população vivendo as áreas rurais; iv) estoque de capital de infraestrutura econômica (energia, logística e telecomunicações); v) anos médios de escolaridade da população adulta; vi) nota média no PISA; vii) idade média do estoque de capital; e viii) grau de regulação/burocracia da economia.

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