Elisa Andrade

Mestranda em Economia Empresarial e Finanças (FGV EPGE) e graduada em Economia (UFF). É da equipe do Monitor do PIB-FGV e do IAE-FGV.

De volta para a estagnação

Após a saída da recessão de 2014-16 a economia brasileira cresceu, em média, 1,5% a.a. nos últimos 3 anos. Isso representa modestos 0,7% a.a. de crescimento de PIB per capita, que apesar de mal distribuído, é a medida derivada das Contas Nacionais que mais interessa a sociedade. Com a chegada da pandemia ao país, em março, a economia voltou a declinar antes de ter atingido novamente o nível de produto pré-recessão de 2014-16, conforme ilustrado no Gráfico 1, pela linha vermelha.

O hiato do produto do NCN/FGV e o do BACEN

Recentemente, no Relatório de Inflação de setembro de 2020, o Banco Central do Brasil divulgou num boxe seu "Novo modelo agregado de pequeno porte com estimação bayesiana" com gráficos do hiato do produto. Através do site do BACEN, na aba “fale conosco”, obtivemos a série do hiato do BACEN. A interação desses valores com os valores do hiato do produto estimado pelo Núcleo de Contas Nacionais do FGV IBRE SUEP, está ilustrada no Gráfico 1, abaixo. A correlação das duas séries é de 0,941.

Impacto da saúde no PIB do primeiro semestre

O surgimento da pandemia de Covid-19 no Brasil, e a consequente necessidade de adoção das recomendações de isolamento social para diminuir o ritmo de contágio do vírus, impactou direta e indiretamente quase todas as atividades econômicas. Neste texto busca-se compreender como as fortes retrações do valor adicionado das atividades de saúde pública e privada, que foram diretamente afetadas pela pandemia, contribuíram para a retração do PIB no primeiro semestre do ano.

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