Fernando Veloso

PhD em Economia pela University of Chicago. Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da FGV/RJ. Pesquisador associado do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV/RJ. Autor de diversos artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, educação e políticas públicas. Foi coorganizador dos livros “Causas e Consequências da Informalidade no Brasil” e “Anatomia da Produtividade no Brasil. É colunista do Broadcast.

De volta aos anos oitenta?

Como diria Luis Stuhlberger, no fundo do poço tinha um alçapão. Em um contexto já suficientemente dramático do ponto de vista fiscal, a greve dos caminhoneiros ameaça cavar um buraco ainda mais fundo nas contas públicas.

A greve dos caminhoneiros é mais um caso clássico em que intervenções desastradas de política econômica geram consequências que, por sua vez, estimulam tentativas de correção igualmente desastradas.

Por que as mudanças propostas na Lei de Falências são importantes

Como tenho discutido neste espaço, o mecanismo de realocação de recursos das empresas menos produtivas para as mais produtivas não funciona bem no Brasil. Empresas ineficientes não crescem e nem saem do mercado, absorvendo recursos que teriam maior retorno se estivessem alocados em empresas mais eficientes.

Neste contexto, a legislação do processo de falência tem o papel fundamental de permitir a rápida recuperação de empresas viáveis que enfrentem dificuldades momentâneas, e acelerar o encerramento das atividades de empresas inviáveis.

Aumento da informalidade e a lenta recuperação

Embora tenha superado uma das piores recessões de sua história, os indicadores recentes da economia brasileira apontam para uma lenta recuperação da atividade. Diante das surpresas negativas com os dados de atividade econômica no início de 2018, o IBRE FGV revisou as projeções para o PIB do 1º trimestre e do ano. Enquanto a projeção de crescimento do PIB no 1º trimestre caiu de 0,7% para 0,5%, a estimativa para 2018 foi reduzida de 2,8% para 2,6%.

Revisitando o paradoxo da produtividade

Em coluna de novembro passado (“O Novo Paradoxo da Produtividade”), comentei o chamado paradoxo da produtividade, ou seja, o fato de que apesar das inovações tecnológicas estarem cada vez mais presentes na nossa vida cotidiana, os indicadores de produtividade nos Estados Unidos e em grande parte dos países desenvolvidos estão em desaceleração desde meados dos anos 2000.

A agenda da produtividade e do emprego

Esta semana o Banco Mundial divulgou dois relatórios importantes. O documento intitulado “Emprego e Crescimento: A Agenda da Produtividade” faz uma análise da evolução e dos determinantes da produtividade no Brasil, e conclui com um conjunto de sugestões de como o país poderia avançar nessa área. O segundo relatório (“Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude”) aborda o tema da qualificação dos trabalhadores brasileiros.

Ajuste fiscal continua a ser a agenda prioritária

A intervenção federal no Rio de Janeiro decretou a suspensão, e provavelmente o abandono, da tentativa de reformar a previdência este ano por meio de emenda constitucional. No seu lugar, o governo propôs uma lista de 15 projetos, dos quais 12 já se encontram em tramitação no Congresso.

Apesar do mérito de vários projetos da lista, como argumentarei adiante, essa estratégia é equivocada. Embora a situação fiscal de curto prazo tenha melhorado, a dinâmica de médio e longo prazo continua muito preocupante.

Uma proposta de reforma da Previdência do setor público

Enquanto as perspectivas de aprovação da proposta de reforma da previdência enviada pelo governo ao Congresso parecem cada vez menores, uma reunião esta semana de vários governadores com o presidente da Câmara Rodrigo Maia deu início à discussão de uma proposta de criação de fundos de pensão para os regimes dos servidores da União, estados e municípios.

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