Fernando Veloso

PhD em Economia pela University of Chicago. Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da FGV/RJ. Pesquisador associado do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV/RJ. Autor de diversos artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, educação e políticas públicas. Foi coorganizador dos livros “Causas e Consequências da Informalidade no Brasil” e “Anatomia da Produtividade no Brasil. É colunista do Broadcast.

A controvérsia sobre as causas da concentração na economia americana

A conferência recente do Fed em Jackson Hole teve como tema o aumento da concentração na economia americana e seus efeitos sobre a política monetária. Esse é um tópico bastante controverso, cujas implicações se estendem ao debate sobre o baixo crescimento da produtividade e a elevação da desigualdade salarial nos Estados Unidos. Vários indicadores mostram que a concentração aumentou de forma generalizada na economia americana nas últimas três décadas. No comércio varejista, por exemplo, a participação das 4 maiores empresas no total de vendas subiu de 15% para 30%. Outros setores também tiveram aumento expressivo da concentração, como o setor financeiro (aumento de 24% para 35%) e utilidade pública e transportes (alta de 29% para 37%).

Lições para o Brasil da estagnação da produtividade no México

Depois de décadas de protecionismo e inflação elevada, desde meados dos anos noventa o México tornou-se uma economia aberta e com estabilidade macroeconômica.

Ao longo deste período, o país assinou 12 acordos de livre comércio, dos quais vários com economias desenvolvidas, como o Nafta. A participação das exportações no PIB aumentou de 25% em 1996 para 35% em 2015. Neste último ano o valor das exportações de manufaturados do México superou a soma de todo o restante da América Latina.

De volta aos anos oitenta?

Como diria Luis Stuhlberger, no fundo do poço tinha um alçapão. Em um contexto já suficientemente dramático do ponto de vista fiscal, a greve dos caminhoneiros ameaça cavar um buraco ainda mais fundo nas contas públicas.

A greve dos caminhoneiros é mais um caso clássico em que intervenções desastradas de política econômica geram consequências que, por sua vez, estimulam tentativas de correção igualmente desastradas.

Por que as mudanças propostas na Lei de Falências são importantes

Como tenho discutido neste espaço, o mecanismo de realocação de recursos das empresas menos produtivas para as mais produtivas não funciona bem no Brasil. Empresas ineficientes não crescem e nem saem do mercado, absorvendo recursos que teriam maior retorno se estivessem alocados em empresas mais eficientes.

Neste contexto, a legislação do processo de falência tem o papel fundamental de permitir a rápida recuperação de empresas viáveis que enfrentem dificuldades momentâneas, e acelerar o encerramento das atividades de empresas inviáveis.

Aumento da informalidade e a lenta recuperação

Embora tenha superado uma das piores recessões de sua história, os indicadores recentes da economia brasileira apontam para uma lenta recuperação da atividade. Diante das surpresas negativas com os dados de atividade econômica no início de 2018, o IBRE FGV revisou as projeções para o PIB do 1º trimestre e do ano. Enquanto a projeção de crescimento do PIB no 1º trimestre caiu de 0,7% para 0,5%, a estimativa para 2018 foi reduzida de 2,8% para 2,6%.

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