Fernando Veloso

PhD em Economia pela University of Chicago. Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da FGV/RJ. Pesquisador associado do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV/RJ. Autor de diversos artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, educação e políticas públicas. Foi coorganizador dos livros “Causas e Consequências da Informalidade no Brasil” e “Anatomia da Produtividade no Brasil. É colunista do Broadcast.

É preciso proteger o curto prazo sem comprometer o longo prazo

A evolução vertiginosa dos acontecimentos relacionados ao combate sanitário e econômico ao coronavírus nas últimas semanas dificulta o entendimento de seus impactos de curto e longo prazo. Medidas inteiramente justificáveis em uma situação de calamidade pública, como a atual, misturam-se com propostas que podem colocar em risco o arcabouço fiscal e legal do país.

Produtividade do trabalho recua 0,6% no quarto trimestre de 2019 e fecha o ano com queda de 1%

A recente divulgação, por parte do IBGE, das Contas Nacionais Trimestrais e dos dados da Pnad Contínua, permitiu o cálculo do indicador trimestral de produtividade do trabalho do IBRE/FGV.[1] Os indicadores do quarto trimestre de 2019 apontaram para uma recuperação do nível de atividade econômica, com crescimento do valor adicionado de 1,6% em relação ao quarto trimestre de 2018, e alta de 0,6% em relação ao terceiro trimestre de 2019.

A dicotomia entre o mercado de trabalho e a atividade econômica

Os dados recentes da atividade econômica não têm sido animadores. Depois de uma sequência de números piores que os projetados pelo mercado para a indústria, varejo e serviços, referentes ao mês de dezembro, os resultados do IBC-BR e do Monitor do PIB do IBRE/FGV confirmaram o baixo dinamismo da economia brasileira no ano passado. Diante desses indicadores e dos efeitos negativos do coronavírus, as estimativas de crescimento do PIB para 2020 têm sido sistematicamente revisadas para baixo, e já se encontram mais próximas de 2% do que de 3%.

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