Armando Castelar

Coordenador de Economia Aplicada do FGV IBRE e Professor do IE/UFRJ. Castelar é Ph.D. em Economia pela University of California, Berkeley, mestre em Estatística (IMPA) e Administração de Empresas (COPPEAD), e Engenheiro Eletrônico pelo ITA. É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e do Conselho Empresarial de Economia da FIRJAN e escreve colunas mensais para os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense. 

Luz no fim do túnel?

Aos poucos vão se somando os sinais de que a pandemia do coronavírus está sendo controlada em nível global. Não se questiona que são altos os totais de casos confirmados -- quase 5 milhões de pessoas – e de mortes -- caminhando para  350 mil. Porém, tanto um quanto outro têm crescido abaixo de 2% ao dia na última semana, sendo que estas taxas seguem caindo.

O maior desafio global desde a Segunda Guerra Mundial

Poucas vezes no passado houve um nível tão alto de incerteza, só comparável à apreensão com que a sociedade vê a crise de saúde pública se aprofundar. A velocidade com que o vírus se espalha, aqui e lá fora, é incomparavelmente maior que a capacidade de se produzirem indicadores de seus impactos sobre a economia. A dificuldade de prever o tamanho da epidemia, e de aferir o seu impacto sobre a economia, torna quase impossível projetar para onde vão o nível de atividade e outros indicadores econômicos este ano.

Uma nova rodada de incerteza – Boletim Macro Ibre-Fevereiro 2020

Após um início de ano um pouco mais promissor, novos desafios para a economia mundial emergiram. Depois de meses de desaceleração na atividade global, em especial na indústria de transformação, surgiram sinais mais nítidos de estabilização da atividade econômica mundial, reduzindo-se o risco de uma recessão global em 2020. Adicionalmente, a assinatura da Fase 1 do Acordo entre EUA e China foi um passo importante para reduzir o risco global.

Das boas às más notícias

No final de 2016, eu estava preocupado com uma mudança no ambiente externo que impactasse negativamente os emergentes. Vários riscos me incomodavam.

Na campanha que levou Donald Trump à vitória nas eleições presidenciais americanas, em novembro de 2016, ele prometera um amplo pacote fiscal, com desonerações tributárias e aumento de gastos. Em uma economia que já parecia muito próxima do pleno emprego, isso faria os juros subirem mais e mais rápido, valorizando o dólar, uma evolução sempre desfavorável para os emergentes.

O Que Esperar de 2019?

O Boletim Focus tem mostrado um cenário cada vez mais atraente para a economia brasileira em 2018. O analista mediano de mercado antevê um 2018 com alta de 2,5% a 3,0% do PIB, inflação de preços ao consumidor abaixo da meta de 4,5%, Selic ainda próxima ao mínimo de 7%, e contas externas relativamente equilibradas. O emprego deve aumentar, o rendimento real também, ainda que talvez menos que este ano, e o crédito deve voltar a se expandir.

América Latina: A recuperação avança, mas há riscos

É comum enxergar-se a América Latina como um bloco homogêneo de países, tendência reforçada pelos organismos internacionais e analistas de mercado que olham para a região, rotulada simplesmente de LATAM. A herança cultural e a geografia, até certo ponto, contribuem para isso, como fizeram, no passado, as escolhas de política econômica e o padrão de desenvolvimento.

A crise política e a reação do mercado

Cinco semanas atrás veio a público o vazamento da delação premiada da JBS. Desde então, desenvolve-se uma luta feroz nas esferas jurídica, política e, talvez principalmente, da opinião pública sobre o que deve acontecer com o comando político do país. Não há sinal de trégua à vista nessa briga e ninguém parece hoje capaz de prever como ela vai terminar, nem em relação a apontar vencedores e perdedores, nem em termos de definir como as coisas ficarão depois disso.

Boletim Macro Ibre: País se aproxima de momento de decisão

A inflação está controlada, os juros caem e há sinais, ainda que tímidos e incertos, de retomada. A situação fiscal, entretanto, continua muito complicada. No curto prazo, o déficit primário é elevado e não dá sinais de queda significativa. No front estrutural, aproxima-se a hora da verdade da votação em plenário da reforma da Previdência, com o risco de serem aprovadas mudanças muito diluídas em relação à proposta que foi ao Congresso.

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