Armando Castelar

Coordenador de Economia Aplicada do FGV IBRE e Professor do IE/UFRJ. Castelar é Ph.D. em Economia pela University of California, Berkeley, mestre em Estatística (IMPA) e Administração de Empresas (COPPEAD), e Engenheiro Eletrônico pelo ITA. É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e do Conselho Empresarial de Economia da FIRJAN e escreve colunas mensais para os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense. 

O Que Esperar de 2019?

O Boletim Focus tem mostrado um cenário cada vez mais atraente para a economia brasileira em 2018. O analista mediano de mercado antevê um 2018 com alta de 2,5% a 3,0% do PIB, inflação de preços ao consumidor abaixo da meta de 4,5%, Selic ainda próxima ao mínimo de 7%, e contas externas relativamente equilibradas. O emprego deve aumentar, o rendimento real também, ainda que talvez menos que este ano, e o crédito deve voltar a se expandir.

América Latina: A recuperação avança, mas há riscos

É comum enxergar-se a América Latina como um bloco homogêneo de países, tendência reforçada pelos organismos internacionais e analistas de mercado que olham para a região, rotulada simplesmente de LATAM. A herança cultural e a geografia, até certo ponto, contribuem para isso, como fizeram, no passado, as escolhas de política econômica e o padrão de desenvolvimento.

A crise política e a reação do mercado

Cinco semanas atrás veio a público o vazamento da delação premiada da JBS. Desde então, desenvolve-se uma luta feroz nas esferas jurídica, política e, talvez principalmente, da opinião pública sobre o que deve acontecer com o comando político do país. Não há sinal de trégua à vista nessa briga e ninguém parece hoje capaz de prever como ela vai terminar, nem em relação a apontar vencedores e perdedores, nem em termos de definir como as coisas ficarão depois disso.

Boletim Macro Ibre: País se aproxima de momento de decisão

A inflação está controlada, os juros caem e há sinais, ainda que tímidos e incertos, de retomada. A situação fiscal, entretanto, continua muito complicada. No curto prazo, o déficit primário é elevado e não dá sinais de queda significativa. No front estrutural, aproxima-se a hora da verdade da votação em plenário da reforma da Previdência, com o risco de serem aprovadas mudanças muito diluídas em relação à proposta que foi ao Congresso.

O novo pacote ferroviário europeu

Durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-14), o governo promoveu várias mudanças no setor ferroviário brasileiro. Além da tentativa de instalar o Trem de Alta Velocidade (TAV) no país, o foco das reformas foi a estrutura vertical do setor. Em especial, o governo buscou, através de Resoluções da ANTT e de mudanças na legislação, alterar a forma em que o setor funcionava desde a privatização da RFFSA, para criar competição entre os operadores de transporte ferroviário[1].

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