Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

Dúvidas sobre a inflação americana

Se inflação dos EUA se estabilizar em 4%-5%, o que é provável, para descer à meta de 2% é preciso em tese crescimento significativamente abaixo do potencial. Mas será que inflação pode cair até a meta “por gravidade”, sem dor?

A grande dúvida hoje da conjuntura econômica internacional refere-se à natureza do processo inflacionário americano. Temos tratado desse tema neste espaço e ele estará conosco por mais uns seis meses aproximadamente.

Política monetária, Brasil e EUA: trajetórias paralelas

Apesar do bom desempenho da inflação cheia – PCE cheio de março nos Estados Unidos e IPCA-15 de abril no Brasil, ambos (que coincidência!) a 4,16% em 12 meses –, a composição da inflação preocupa muito. Há muito mais inércia.

É mais comum do que se imagina que a trajetória das economias brasileira e americana apresentem dinâmicas sincrônicas. É o que se passa atualmente. Ambas estão em um momento muito próximo do ciclo econômico.

É recomendável e possível ter fiscal neutro ou levemente contracionista em 2023

Mercado de trabalho está em pleno emprego ou muito próximo disso. Não há muito espaço para política fiscal expansionista em 2023. É possível, na verdade, ter política fiscal no próximo ano neutra ou levemente contracionista.

Na saída da nossa grande crise de 2014 a 2016, a economia andou de lado por três anos, de 2017 a 2019. Foi um período de lenta recuperação, em que o mercado de trabalho operou com elevada ociosidade por longo período.

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