Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

O que esperar de 2022

Inflação deve ir a 5,5% este ano. Juro real de 6% levaria PIB a não crescer em 2022, mas, com impulso fiscal eleitoral (União e Estados), pode-se chegar a 1-1,5%. Se governo eleito se comprometer com responsabilidade fiscal, pode ocorrer apreciação cambial no fim do ano.

Primeira coluna do ano. Férias de verão. É o momento de olhar para 2022 e tentar observar o que nos espera.

Inflação americana: sinal vermelho

Profundidade e a extensão de diversos choques de preços sensibilizaram todas as medidas de núcleo da inflação americana. Alta dos núcleos pode ser entendida como sinal de que processo inflacionário norte-americano já adquiriu vida própria, já tem alguma componente inercial.

Os últimos dados de inflação dos EUA – o índice de preço ao consumidor de setembro – trouxeram muita preocupação.

Crises exógenas e endógenas

Diferentemente da crise financeira global de 2008-2009, a pandemia não deve provocar perda no nível de produto potencial dos EUA. O tecido econômico está se reconstruindo após profunda mas curta recessão de dois meses e após recuperação ainda incompleta e muito heterogênea.

A crise econômica produzida pela epidemia tem natureza distinta da grande crise financeira global de 2008.

Construção das condições para um ciclo de crescimento

O Brasil constrói desde 2015 as condições para um ciclo longo de crescimento. Comparando com o período 1998-2005, os ajustes, fiscal e externo, a desvalorização e a perda real dos salários da atual fase são menores. Na parte fiscal, ainda há mais ajuste a se fazer hoje.

Desde as manifestações de 2013, a economia brasileira passa por um longo e conturbado período, causado em grande parte pela política.

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