Juliana Trece

Doutoranda em População, Território e Estatísticas Públicas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE IBGE), Mestre em Economia Empresarial pela Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE) e bacharel em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É economista do Núcleo de Contas Nacionais do FGV IBRE sendo a analista responsável pela elaboração mensal do Monitor da Atividade Econômica (Monitor do PIB-FGV e IAE-FGV) do qual é uma das autoras.

Economia brasileira cairá no 2º trimestre mais que em qualquer período recessivo dos últimos 40 anos

A pandemia deixará cicatrizes nas economias mundo afora que serão mais ou menos profundas a depender, dentre outros aspectos, das condições econômicas e sociais anteriores à crise. Nesse quesito, a economia brasileira possui grande desvantagem. Dos 8,1% de perda acumulada durante a última recessão, que foi uma das mais severas de nossa história, havíamos recuperado apenas 5,3% quando a COVID-19 chegou no Brasil e trouxe recordes de retração nos principais indicadores econômicos do país.

O hiato do produto 1980-2020: ampliando a análise

Este é mais um Relatório de divulgação do Hiato do Produto calculado pela Superintendência de Estatísticas Públicas do FGV IBRE que tem sido usualmente disponibilizado trimestralmente neste blog do IBRE. Nessa edição o cálculo do hiato pela função de produção foi ampliado para abranger os setores Industrial e de Serviços, além de possibilitar o cálculo da Produtividade Total de Fatores (PTF) destas atividades.

Dois anos após a greve, a importância dos caminhoneiros reaparece na pandemia

Em 2018 a greve dos caminhoneiros impactou fortemente a economia brasileira trazendo à tona nossa grande dependência do transporte rodoviário de carga. No período anterior a greve, a mediana da expectativa de crescimento do PIB para aquele ano começou em 2,7% em janeiro e chegou a ser de 2,9% no final de março, passando para 2,5% poucas semanas antes da greve. No final de maio já estava em 2,3% e, um mês depois já era de 1,6%.

Hiato do produto do PIB, da Indústria, e dos Serviços (1980-2019)

  1. INTRODUÇÃO

O estudo acerca do produto potencial vem ganhando espaço entre as discussões dos economistas. Em momentos de crise e estresse econômico, como o da atual conjuntura mundial, estudos sobre o tema se tornam ainda mais importantes, tendo em vista a utilidade do indicador para a formulação e a condução de políticas econômicas.

O hiato do produto

Uma preocupação recorrente entre os economistas é entender se há alguma pressão de demanda que pode vir a provocar alterações na política monetária. O cálculo do hiato do produto busca contribuir para essa discussão, já que variações do hiato indicam se há ou não pressão inflacionária. Sendo uma variável não observável, a tarefa dos economistas é estimar o produto potencial (aquele que é possível utilizando-se toda a capacidade produtiva) e calcular o hiato, que é definido pela diferença entre o produto potencial e o produto efetivo.

Hiato do produto do PIB, da Indústria e dos Serviços

O cálculo do produto potencial é um tema polêmico entre os economistas, por ser uma variável não observável e com diversos métodos de estimação, que geram resultados diferentes. Essa discrepância entre os resultados faz com que sejam contadas diferentes versões sobre qual seria o produto potencial do país. Dispor, portanto, de uma medida robusta para o hiato do produto é importante.

O hiato do produto se reduz no terceiro trimestre

O PIB do terceiro trimestre recém divulgado trouxe algumas boas surpresas sobre a dinâmica do crescimento econômico brasileiro. Este texto atualiza até o terceiro trimestre de 2019 outros três artigos anteriormente publicados sobre as estimativas do produto potencial, o hiato do produto (diferença entre o PIB efetivo e o PIB potencial), e a produtividade total dos fatores (PTF).

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