Juliana Trece

Doutoranda em População, Território e Estatísticas Públicas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE IBGE), Mestre em Economia Empresarial pela Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE) e bacharel em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É economista do Núcleo de Contas Nacionais do FGV IBRE sendo a analista responsável pela elaboração mensal do Monitor da Atividade Econômica (Monitor do PIB-FGV e IAE-FGV) do qual é uma das autoras.

O hiato do produto do NCN/FGV e o do BACEN

Recentemente, no Relatório de Inflação de setembro de 2020, o Banco Central do Brasil divulgou num boxe seu "Novo modelo agregado de pequeno porte com estimação bayesiana" com gráficos do hiato do produto. Através do site do BACEN, na aba “fale conosco”, obtivemos a série do hiato do BACEN. A interação desses valores com os valores do hiato do produto estimado pelo Núcleo de Contas Nacionais do FGV IBRE SUEP, está ilustrada no Gráfico 1, abaixo. A correlação das duas séries é de 0,941.

Impacto da saúde no PIB do primeiro semestre

O surgimento da pandemia de Covid-19 no Brasil, e a consequente necessidade de adoção das recomendações de isolamento social para diminuir o ritmo de contágio do vírus, impactou direta e indiretamente quase todas as atividades econômicas. Neste texto busca-se compreender como as fortes retrações do valor adicionado das atividades de saúde pública e privada, que foram diretamente afetadas pela pandemia, contribuíram para a retração do PIB no primeiro semestre do ano.

O desempenho da economia brasileira no 2º trimestre de 2020

A pandemia de Covid-19 alterou rapidamente o cenário das economias ao redor do mundo. Diversos países entraram em crise quase instantaneamente, o que resultou em uma grave recessão econômica mundial de caráter inédito de acordo com o FMI. A expectativa de crescimento da economia brasileira que era, no início do ano, em torno de 2,3%, segundo a mediana do Boletim Focus do Banco Central, tornou-se negativa ao final de março e atualmente está em -5,3%.

O comportamento da atividade de Outros Serviços, a que mais aglomera, na atual recessão

A recessão iniciada no 1º trimestre deste ano, de acordo com o CODACE,[1] em decorrência da pandemia de Covid-19, trouxe diversos recordes negativos para a economia brasileira. Além de ser a primeira vez em que entramos em recessão sem termos recuperado completamente a perda da recessão anterior, a retração de 8,7% do PIB no 2º trimestre, divulgada no Monitor do PIB-FGV, é a maior desde 1980.

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