Silvia Matos

Com desaceleração do crescimento na margem, produtividade do trabalho começa a se aproximar da trajetória anterior à pandemia

A recuperação do mercado de trabalho deverá ocorrer principalmente por meio de ocupações informais, que são em média menos produtivas. Consequentemente, é provável que ocorra uma volta ao padrão de baixo crescimento da produtividade observado no período anterior à pandemia.

Pandemia da Covid-19 aumenta a incerteza sobre a interpretação dos indicadores de PTF no Brasil em 2020

A elevação atípica da PTF em 2020 precisa ser interpretada com cautela, já que ela pode ter decorrido do impacto profundo da pandemia no mercado de trabalho, afetando principalmente os trabalhadores informais e aqueles de menor escolaridade, que são menos produtivos. 

O mundo acelera, o Brasil desacelera

Pelos dados do Worldometer, já são mais de 140 milhões de casos e mais de 3 milhões de mortes da COVID-19 registrados no mundo. Mas o que mais chama atenção é que esses números seguem acelerando: as médias móveis de sete dias de óbitos e de novos infectados atingiram os patamares de 11 mil e de 750 mil por dia, respectivamente. Com relação a novos casos, os destaques são a Índia, Brasil, EUA e Turquia.

PTF cresce em 2020, mas incerteza em relação ao comportamento dos indicadores permanece elevada

Os eventos associados à pandemia da Covid-19 tiveram impactos negativos sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho e elevaram de forma extraordinária o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia e quanto à dinâmica dos indicadores de produtividade, especialmente no Brasil.

Produtividade do trabalho cresce em 2020, mas incerteza em relação ao comportamento dos indicadores permanece elevada

Os eventos associados à pandemia da Covid-19 tiveram impactos negativos sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho e elevaram de forma extraordinária o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia e quanto à dinâmica dos indicadores de produtividade, especialmente no Brasil.

Piora da pandemia e os seus impactos na economia

Difícil acreditar que um ano já se passou desde que as medidas de distanciamento social se generalizaram e a pandemia se tornou o foco principal da atenção dos brasileiros. Houve mudanças relevantes nesse período, mas essas não alteraram o fato de a crise sanitária ser um elemento determinante do ritmo de atividade econômica e do emprego.

Heterogeneidade, volatilidade e incerteza

O jogo e as regras continuam os mesmos, mas as peças começam a se mover em novas direções, provocando a mudança de cenários. Em relação à crise sanitária, o ritmo de vacinação vem se tornando o principal determinante do quanto e de quando as economias vão se recuperar este ano. Enquanto isso, do outro lado do tabuleiro, os governos vêm calibrando os estímulos fiscais e monetários, conforme a atividade aos poucos retorna ao patamar pré-pandemia, ainda que mais vigorosamente em alguns setores do que em outros.

À espera das vacinas

O ano começa com a superposição de variáveis de grande impacto operando em sentidos opostos. De um lado, com efeito contracionista, há a segunda onda da pandemia, que leva vários governos a reinstituirem restrições à atividade econômica e os consumidores a conterem sua demanda por serviços. De outro, há o início do processo de vacinação e a perspectiva de forte expansão nas duas maiores economias do mundo.

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