Bráulio Borges

Graduado em Economia e mestre em Teoria Econômica pela FEA-USP, recebeu o Prêmio Tesouro Nacional pela sua dissertação de mestrado em Finanças Públicas. Atuou no departamento econômico da Telefónica e foi professor de Macroeconomia na Pós-Graduação da GVLaw. Atualmente é economista-sênior da área de Macroeconomia da LCA e pesquisador-associado do FGV IBRE.

Reversão esperada das commodities é compatível com IPCA abaixo da meta em 2023

Deflação esperada pelo consenso dos analistas para os preços das commodities até o final de 2023 é compatível com um IPA-DI variando -8,1% e com um IPCA de +2,7% no ano que vem. Esses números sugerem existir um prêmio positivo elevado nas projeções de inflação domésticas.

Commodities sinalizam deflação do IPA-DI nos próximos meses e sobretudo em 2023

Projeções de consenso do mercado apontam quedas expressivas dos preços das commodities até o final de 2023, ante as cotações atuais. Um exercício econométrico aponta que o IPA-DI compatível com isso é de cerca de -9% em 2023 – que seria a primeira deflação anual desde 2017.

Após várias quedas, estoque de capital brasileiro voltou a crescer em 2021. Mas nem tudo que reluz é ouro...

Estoque de capital fixo cresceu 1% em 2021, após cair vários anos. Mas esse resultado, além de apontar taxa de variação ainda fraca – muito aquém dos 3,5% a 4,5% necessários para PIB potencial de cerca de 3% -, também foi em boa medida explicado pela construção residencial.

IVAR-FGV: Por que é preciso uma “Boskin Commission” brasileira

Novo indicador de inflação do IBRE, IVAR/FGV, aponta que IPCA teria sido 0,6 p.p. menor em 2019-21. Trata-se de um impacto longe de desprezível, que chama a atenção para a necessidade de se avaliar melhor a mensuração dos índices de preços brasileiros (tal como feito nos EUA há 25 anos, com a Boskin Commission).

Excesso de variação do deflator do PIB impulsionou arrecadação do governo geral em R$ 174 bilhões em 2021

Em 2021, variação do deflator do PIB deve superar alta do IPCA em cerca de 3 p.p., mais que o dobro da média histórica dessa diferença. Isso, junto com o IPCA 6 p.p. acima da meta, ajudou a impulsionar a arrecadação recorrente do Governo Geral em R$ 174 bilhões (2% do PIB).

Chuvas muito abaixo da média desde 2012 subtraíram 1,6 p.p. ao ano, em média, do PIB brasileiro nos últimos 10 anos

Como pode ser notado na figura abaixo, o Brasil teve uma “década perdida” em termos de desempenho do PIB agregado nos últimos anos. Essa constatação fica ainda mais evidente quando se leva em conta o fato de que o crescimento populacional brasileiro foi de cerca de 0,9% a.a. na última década.

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