Claudio Considera

Doutor em Economia (UFF), mestre em Economia (UnB), pós-graduado em Análise Econômica (CENDEC/IPEA) e graduado em Economia (UFF). Foi chefe das Contas Nacionais do IBGE (1986-1992), Diretor do IPEA (1992-1998) e Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (1999-2002). Atualmente coordena o Núcleo de Contas Nacionais (NCN) da FGV IBRE, sendo um dos autores do Monitor do PIB-FGV e do IAE-FGV.

Quem diria?

Há um ano e meio o Brasil atravessava uma turbulência política e uma recessão sem precedentes, com grave ameaça de retorno a taxas de inflação de dois dígitos, que em maio de 2016 era de 9,3%. Quem diria que haveria, ano e meio depois do impeachment de Dilma, analistas econômicos reclamando que o Banco Central exagerou e reduziu demais (abaixo da meta) a taxa de inflação.

De onde vem nossa crença no Estado onisciente?

Em excelente artigo publicado no jornal Valor Econômico em 5 de maio, Armando Castelar Pinheiro, utilizando-se do ferramental de Yuval Harari em "Sapiens: Uma breve história da humanidade", atribui o sucesso do homo sapiens em relação a outros homos que o antecederam ou que com ele conviveram à sua capacidade de compartilhar narrativas imaginadas e tratá-las como se realidade fossem. 

O legado da irresponsabilidade

Em livro recentemente lançado, Claudia Safatle, João Borges e Ribamar Oliveira detalham os bastidores da crise econômica que mergulhou o país na pior recessão de sua história. Esta recessão, que se iniciou no segundo trimestre de 2014, segundo o Comitê de Datação dos Ciclos Econômicos com sede na Fundação Getúlio Vargas, prossegue sem sinais claros de reversão.

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